Presidente da Câmara foi novamente hostilizado, desta vez por integrantes da CUT contrários à terceirização.
O Globo
CAMPO GRANDE – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a ser alvo de protesto de sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na manhã desta sexta-feira, durante visita a Campo Grande (MS) para participar de uma audiência pública na Casa da Indústria. Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 150 pessoas participaram da manifestação em frente ao local.
Indagado por jornalistas sobre o protesto, Cunha disse que não tem “medo de cara feia” e ironizou o ato:
— Eles (sindicalistas) têm o direito, recebem contribuição sindical para isso. Mas nós vamos continuar desempenhando o nosso papel – disse Cunha.
A audiência pública desta sexta-feira no Mato Grosso do Sul faz parte do programa “Câmara Itinerante”, que pretende levar a Câmara dos Deputados até as assembleias legislativas de diferentes regiões do país. A segurança foi reforçada no local.
Manifestantes e integrantes de movimentos sociais foram barrados pela Polícia Militar na entrada da Assembleia Legislativa do Mato Grosso. Um integrante do grupo, que protesta contra a lei que regula a terceirização, conseguiu furar o bloqueio e foi retirado a força. Houve um princípio de tumulto, mas ninguém foi preso.
À tarde, o presidente da Câmara visita a cidade de Cuiabá (MT).
O presidente da CUT no Mato Grosso do Sul, Genilson Duarte, afirmou que a entidade sindical é contra o projeto que regulamenta a terceirização no país, aprovado nesta pela Câmara dos Deputados. De acordo com Duarte, a proposta vai reduzir o salário dos trabalhadores em 25%. Na visão do sindicalista, Cunha conduziu de “forma truculenta” a votação do projeto na Câmara.