Secretário de Segurança Pública do Recife desde 2013, no primeiro governo Geraldo Júlio (PSB), Murilo Cavalcanti pediu exoneração e não ocupa mais o cargo desde a última sexta-feira (5).
A partir deste sábado, a pasta já está sob o comando do seu substituto, Paulo Roberto Xavier de Morais.
A saída coincide com a polêmica em torno de artigo publicado por Murilo, no jornal O Globo, no último sábado (30), criticando a política segurança no Rio de Janeiro.
O artigo foi criticado pelo prefeito Eduardo Paes (MDB), que chamou Murilo Cavalcanti de malandro.
Os números da segurança, especificamente dos crimes de homicídios, tem piorado na capital pernambucana.
De acordo com informações públicas da Secretaria de Defesa Social (SDS), no primeiro bimestre de 2024 foram 141 assassinatos na capital pernambucana, diante de 98 no mesmo período de 2023 e 94 entre janeiro e fevereiro de 2022. No início de 2024, portanto, o crescimento da violência no Recife foi de 43,9%.
Murilo Cavalcanti também colecionou polêmicas na política. Além da questão recente com Eduardo Paes, ele brigou publicamente, ao vivo, na rádio com Priscila Krause, quando ela era vereadora do Recife e criticava os gastos com a desapropriação do terreno do Compaz Cordeiro, que havia sido anunciado pelo ex-secretário como uma doação pela Chesf.
Recentemente, Murilo polemizou com o vereador Paulo Muniz. “Não vou responder a esse vereador medíocre”, disse Murilo, ao se referir à cobrança pela adoção pelo Recife de guarda municipal armada. (Blog do Jamildo Melo)