Coronel Vanildo Maranhão deixou o cargo dias após ação violenta da PM contra manifestantes na área central do Recife
JC
O coronel Vanildo Maranhão, ex-comandante-geral da Polícia Militar de Pernambuco, foi transferido para a reserva remunerada. O ato, assinado pelo governador Paulo Câmara, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (15) – mas é retroativo ao dia 02 de junho. A aposentadoria de Vanildo ocorre logo após a exoneração dele motivada pela ação desastrosa da Polícia Militar contra manifestantes na área central do Recife, no dia 29 de maio.
Vanildo Maranhão é peça fundamental para entender a ação violenta da PM. Isso porque, segundo documento interno da corporação, foi o coronel quem deu a ordem para que os policiais dispersassem os manifestantes que participavam do ato contra o governo Bolsonaro.
Desde o episódio lamentável, o coronel nunca deu uma declaração à sociedade sobre o assunto. Acabou exonerado dias depois pelo governador Paulo Câmara. Oficialmente, o próprio coronel teria pedido para deixar o comando geral da PM. Ele ingressou na corporação em 1989.
Segundo o Portal da Transparência, acessível a todos, a última remuneração recebida pelo coronel, no mês de maio, foi de R$ 33.897,69. Já o salário-base foi de R$ 23.238.
No lugar de Vanildo Maranhão está o coronel José Roberto de Santana.
Assim como Maranhão, o delegado federal Antônio de Pádua também foi exonerado do cargo de secretário de Defesa Social. Ambos faziam parte da cúpula da segurança pública de Pernambuco desde 2017. No lugar de Pádua está o também delegado federal Humberto Freire.