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Após derrota, lulismo não vê necessidade de autocrítica

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Movimentos sociais do lulismo não acreditam em autocrítica / Foto: Nelson Almeida/AFP

Autocrítica não é caminho visto por movimentos sociais do lulismo para vencer próxima eleição

Paulo Veras JC Online / Foto: Nelson Almeida/AFP

Apesar da derrota eleitoral, movimentos sociais que formam a base do lulismo e das mobilizações de rua em favor do PT na última campanha presidencial não acreditam que seja necessário uma autocrítica para voltar a dialogar com o público que perderam para Bolsonaro, principalmente da periferia.

“O PT perdeu eleitoralmente. O Lula não foi derrotado. Nem o lulismo foi derrotado. O lulismo é uma ideia de sociedade, de postura política ideológica que o Lula representa. A esquerda como um todo precisa se recompor com o seu eleitorado. E nós estamos fazendo isso. O fundamental agora é ir para as mobilizações de rua. Elas vão reposicionar a classe trabalhadora dentro do processo político. Perdemos para algo muito difícil de entender. Um novo esquema de mobilização social, via WhatsApp principalmente, que usa mentiras e desinformação entre os mais pobres. Ele também entrou através das igrejas evangélicas, que são um desafio das esquerdas de dialogar”, afirma Jaime Amorim, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Periferia

Deputado federal eleito e presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras diz não acreditar na fragmentação da esquerda porque todos os partidos farão oposição ao mesmo presidente. De olho na candidatura de Ciro Gomes (PDT) em 2022, PDT, PSB e PCdoB estudam formar um bloco sem o PT. “Muitos que estão na periferia foram enganados pelo ódio. Como se o problema fosse o PT. Pelo contrário, o PT levou a maior distribuição de renda e acesso a moradia. Aos poucos, as pessoas verão isso”, aposta.

Para Mônica Lima, uma das organizadoras do Ele Não no Estado, a esquerda precisa apostar em resistência e manifestações de rua. “Temos que retomar o contato com a periferia. Mas acho engraçado falarem de autocrítica. Como fazer autocrítica de um presidente (Lula) que é ídolo internacional, herói, tirou o Brasil do mapa da fome. Não é o momento de fazer autocrítica. Bolsonaro ganhou porque as pessoas pensam como ele”, argumenta.

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