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Ao menos 11 padres e diáconos são sequestrados por ditadura de esquerda da Nicarágua

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Na foto, o bispo Rolando Álvarez, en Manágua, um dos presos pelo regime de Ortega nos últimos anos na Nicarágua. Ele foi condenado em 2023 a mais de 26 anos de prisão por ser considerado “traidor da pátria”.| Foto: EFE

Entre quinta (1º) e sexta-feira (2), pelo menos 11 padres e diáconos foram sequestrados pela polícia da Nicarágua na capital do país, Manágua, e na cidade de Juigalpa, segundo divulgaram meios de comunicação como o Infobae e o nicaraguense 100% Notícias.

Advogada e defensora dos diretos humanos, a nicaraguense Martha Molina classificou essa nova ação do regime do ditador Daniel Ortega como a “pior fase da repressão desde abril de 2018”, quando houve uma série de protestos no país da América Central.

Já o pároco exilado Edwing Román acusou Ortega e a vice Rosario Murillo de aproveitarem que o mundo está com a atenção voltada para os protestos na Venezuela para prender sacerdotes e continuar a perseguição contra a Igreja Católica.

Ambos se manifestaram em suas contas no X (antigo Twitter). Já a organização Universitários Católicos daquele país publicou as fotos e nomes dos religiosos presos nas últimas 48 horas:

Em outro movimento contra a Igreja Católica, o governo local vem mirando meios de comunicação católicos. No início de julho, o Ministério do Interior determinou, por exemplo, o fechamento da Associação Rádio Maria, que tinha 40 anos, e de outras 12 organizações sem fins lucrativos no país.

Padres presos na Nicarágua sofrem tortura
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Grupo de Peritos em Direitos Humanos na Nicarágua divulgou um relatório na última semana. De acordo com o grupo, padres presos na Nicarágua nos últimos anos sofreram tortura. Eles também foram obrigados a ficar nus, além de sofrer outras violações.

Segundo o grupo, as ações do regime ditatorial constituem crime contra a humanidade. Os atos teriam acontecidos em centros de detenção da política nacional do país.

“Esses atos incluem: longos interrogatórios, ameaças, nudez forçada, proibição de comunicação com outros detidos, alimentação inadequada e, em alguns casos, porções de alimentos menores do que as correspondentes aos presos comuns, luz artificial contínua, e condições de isolamento”, denunciou o Grupo. (Gazeta do Povo)

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