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Anvisa interdita mais de 12 milhões de doses da CoronaVac envasadas em fábrica não inspecionada

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Foto: reprodução

Ainda neste sábado, duas resoluções serão publicadas em edição extra do Diário Oficial da União formalizando a decisão e proibindo a distribuição das vacinas que não chegaram a ser enviadas às unidades de saúde

Por Jovem Pan

Mais de 12 milhões doses da vacina CoronaVac foram interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, neste sábado, 4, por terem sido envasadas em uma fábrica não inspecionada e aprovada no âmbito da Autorização de Uso Emergencial da vacina, concedida pela diretoria colegiada da agência reguladora em 17 de janeiro de 2021. A interdição cautelar foi determinada depois que o Instituto Butantan comunicou ao órgão, na noite desta sexta-feira, 4, que o laboratório chinês Sinovac, fabricante do imunizante, enviou para o Brasil 25 lotes de 12.113.934 doses envasadas em unidade fabril não inspecionada e, com isso, não aprovada pela Anvisa. Em nota, a agência esclareceu que a interdição cautelar é uma medida sanitária para evitar a exposição ao consumo e uso de produtos irregulares ou sob suspeita. Ainda neste sábado, duas resoluções serão publicadas em edição extra do Diário Oficial da União formalizando a interdição e proibindo a distribuição dos lotes que não chegaram a ser enviados às unidades de saúde.

A Anvisa ainda informou que consultou as bases de dados internacionais em busca de informações acerca das condições de boas práticas de fabricação da empresa responsável pelo envase dos lotes, porém, até o momento, não localizou nenhum relatório de inspeção emitido por outras autoridades de referência. “Considerando a irregularidade apontada, somado às características do produto e complexidade do processo fabril (vacinas são produtos estéreis, injetáveis), devendo ser fabricadas em rigorosas condições assépticas, o desconhecimento sobre o cumprimento das boas práticas de fabricação da empresa pela Anvisa indicam a necessidade de adoção de medida cautelar para evitar a exposição da população a possível risco iminente”. Ainda segundo a nota, técnicos da Anvisa farão avaliações das condições da fábrica, do potencial impacto dessa alteração de local nos requisitos de qualidade, segurança e eficácia da vacina e do eventual efeito para as pessoas que foram vacinadas com esse lote. Além disso, serão realizadas tratativas para regularização desse novo local na cadeia fabril da vacina junto à Anvisa. Segundo o Instituto Butantan, outros 17 lotes, envasados neste mesmo local, totalizando 9 milhões de doses, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil. 

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