O alegado cansaço e falhas do piloto relatados pelo Cenipa, no máximo, constituem culpa concorrente, precisando ser elucidada a possibilidade de erro de projeto’, afirma irmão do ex-governador.
Do JC Online
Em uma nota divulgada após a Aeronáutica apontar falhas humanas como o cansaço dos pilotos e a desorientação espacial como as causas do acidente aéreo que matou o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas em agosto de 2014, o advogado Antônio Campos, irmão do ex-presidenciável, volta a apontar um possível erro no projeto do avião pela construtora Cessna como a causa mais plausível pela tragédia.
Reafirmando o que já havia divulgado em agosto, quando o acidente completou um ano, Antônio Campos, que afirma estar acompanhando o caso desde o início, cita um parecer técnico que apontaria falhas no estabilizador horizontal, um dos aparelhos que determina a direção do “nariz” da aeronave.
O documento divulgado nesta terça-feira (19) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não busca apontar culpados pelo acidente, mas determinar os fatos preponderantes para que eles sejam corrigidos, impedindo novas tragédias. A Polícia Federal conduz uma investigação paralela para apurar responsabilidades.
“O relatório do Cenipa foca a conduta dos pilotos e não aprofunda as condições e o projeto da aeronave, embora provocado para tanto”, escreve Antônio Campos, em sua nota. “O alegado cansaço e falhas do piloto relatados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), no máximo, constituem culpa concorrente, precisando ser elucidada a possibilidade de erro de projeto”, coloca ainda.
Além de Eduardo Campos, a queda do avião também vitimou o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra, o ex-deputado Pedro Valadares Neto e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Magela da Cunha.