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Alepe: Parlamentares divergem sobre homenagens a Bolsonaro

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Alepe / Foto: reprodução

Dois requerimentos de Voto de Aplausos em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro movimentaram os debates no Plenário da Assembleia nessa segunda. As propostas, de autoria do deputado Alberto Feitosa, do Solidariedade, foram aprovadas pela maioria dos deputados. Uma delas parabeniza Bolsonaro pela medida provisória que transforma a Embratur na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. A outra elogia a cessão de 280 viaturas policiais para 68 municípios do Estado.

Vários parlamentares se manifestaram contra os requerimentos. Teresa Leitão, do PT, considerou as propostas desnecessárias, e fez um apelo à Casa para que, antes de propor certas homenagens, os deputados levem em conta o momento de polarização política no país. A parlamentar ainda protestou contra o gesto de arma com as mãos feito por deputados em plenário, após a aprovação das matérias:  “Eu não sei o que tem de bonito e de engraçado a gente louvar um presidente da República que faz do ódio, do armamento, do assassinato, do feminicídio, da matança, do genocídio de indígenas e de negros, coisa de menos importância. E vejam: o presidente que se elegeu dizendo que Deus está acima de tudo.”

Em resposta a Teresa Leitão, Joel da Harpa, do PP, elogiou as propostas de homenagem a Bolsonaro e afirmou que fazer o sinal de arma com as mãos é um direito dele como parlamentar e representante do povo: “O sinal que eu fiz aqui eu faço aqui e faço em qualquer lugar. Tenho o maior respeito às questões ideológicas dela, mas também exijo o respeito dela àqueles que pensam diferente dela. Então, nós, que temos nossas convicções, usamos a tribuna, usamos os sinais, quero, aqui, parabenizar o deputado Feitosa pelo Voto de Aplausos justo, dizer que o presidente Bolsonaro nunca colocou nenhuma palavra contra índio, contra negro, seja qual for.”

Durante a votação, os deputados Waldemar Borges, do PSB, e Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas, do PSOL, afirmaram que não há justificativa para as homenagens, a não ser pela “conotação ideológica”. Alberto Feitosa discordou: “Inicialmente, não tive e não tenho nenhum propósito de fazer aqui qualquer discussão política e ideológica de forma velada através de Voto de Aplausos. Quando achar pertinente tratar de pauta política, ideológica, eu vou fazer, senhor presidente. Até porque eu acho que esse é o papel do Parlamento”.

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