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Afastado pela Justiça, governador de Alagoas diz ser ‘ficha limpa’ e é defendido por Lula

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Foto: reprodução

Paulo Dantas foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suposta participação em esquema de desvio de recursos públicos; inquérito ocorre sob sigilo

Por Jovem Pan

O governador afastado de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), falou sobre a operação da Polícia Federal (PF) que o investiga por suposta participação em um esquema de desvio de recursos públicos através da prática de apropriação de parte do salário de seus funcionários enquanto deputado estadual. Acompanhado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dantas ressaltou sua inocência e disse ser ficha limpa. “Não devo nada à Justiça. Rodrigo Cunha, Arthur Lira, vocês não são soberanos. Quem vai escolher o governador de Alagoas é o povo de Alagoas. […] Tentam agora no segundo turno, de maneira autoritária, mesquinha e perversa, montar uma grande armação contra a minha pessoa, mas eu quero dizer ao alagoano e alagoana, fui prefeito por duas vezes, deputado estadual, líder do governo de Renan Filho e estou há cinco meses no governo de Alagoas”, alegou o investigado.

O líder nas pesquisas de intenção de voto para assumir a presidência da República à partir do próximo ano, Lula também defendeu o governador afastado. “Tinha pessoas que falavam ‘Lula, não vai lá não, porque tem um candidato que foi condenado’. Quero dizer para vocês: eu jamais deixarei um companheiro no meio do caminho”, bradou o petista. No fim do primeiro turno, Dantas – que concorre à reeleição -, ficou em primeiro lugar na corrida com 46,64% dos votos válidos, contra 26,74% de Rodrigo Cunha (União Brasil).

Crítico de Dantas e aliado de Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) comentou a situação eleitoral no seu Estado natal. “O STJ decidiu, por ampla maioria, manter o afastamento do governador de Alagoas por corrupção. São denúncias gravíssimas de desvio de dinheiro público, uso do aparato policial do estado para impedir as investigações, e até ameaça de morte”, pontuou.

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