O advogado Cezar Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, recuou da proposta de que a confissão que será feita ao Supremo Tribunal Federal, na semana que vem, vai tratar da venda de joias recebidas de presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A mudança na versão foi confirmada na manhã desta sexta (18) ao jornal O Estado de São Paulo um dia depois de uma reportagem da revista Veja afirmar que Cid explicaria como era a atuação dele no esquema a mando de Bolsonaro. Bitencourt chegou a confirmar a confissão à GloboNews e à Folha de São Paulo, e foi procurado pela Gazeta do Povo para explicar mais detalhes.
Bolsonaro respondeu à possível confissão, na manhã desta sexta (18), que Mauro Cid “tinha autonomia” nas suas funções e que quer “clarear o mais rápido possível” o caso das joias. Ele e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal.
Segundo o Estadão, Bitencourt enviou uma mensagem à reportagem durante a última madrugada dizendo que “não tem nada a ver com joias”, e que a apuração da Veja teria se equivocado. Ele não explicou mais detalhes sobre a mudança de versão.