Por Magno Martins
Na edição do jornal O Poder de ontem, no qual sou associado ao publicitário e jornalista José Nivaldo Júnior, informei que o deputado Túlio Gadêlha (PDT) caiu na chacota da corrida eleitoral do Recife com o batismo de “Viúva Porcina”, aquele que foi sem nunca ter sido, numa referência à personagem homônima, interpretada por Regina Duarte, na novela Roque Santeiro. Famoso apenas por ser namorado da global Fátima Bernardes, Gadêlha conseguiu a façanha de ser candidato por duas vezes sem nunca ter sido de fato.
Gadêlha se lançou pela primeira vez no início de janeiro, mas fez um papelão na renúncia. Magoado por não ter sido indicado pelo PDT líder do bloco das Minorias na Câmara, na mesma reunião em que o deputado Wolney Queiroz, seu algoz, foi escolhido líder da bancada, chorou copiosamente, feito menino. E ali, numa sessão de horror, comparado a um garoto que chora quando o pai nega bombom, jogou a toalha, afirmando que não seria mais candidato no Recife.
Mais tarde, arrependido, caiu no conto do presidente Carlos Lupi e voltou a anunciar, formalmente, que estava de volta à condição de pré-candidato a prefeito do Recife. Não sabia que estava sendo usado, literalmente. O que Lupi quis com a candidatura de Gadêlha, conseguiu: a barganha, pela qual o partido emplaca o vice na chapa de João Campos. A Gadêlha, Lupi pediu a indicação do nome para vice, mas até nisso o deputado vacilou.
Indicou o enfermeiro Rodrigo Patriota, que só ele conhece, com outro propósito, de esvaziar o balão da candidatura de João Campos. É claro que o PSB não engoliu, até porque o ninho socialista é uma seara de cobras criadas. Imediatamente, vazou pelas redes sociais uma pauleira do apadrinhado de Gadelha em cima de João. Resultado dessa ópera-bufa: o namoradinho de Fátima Bernardes perdeu a indicação para Lupi, que não conhece os quadros no Recife, rendendo-se ao nome da professora Adriana Rocha, hoje no PDT, mas que disputou pela Rede a eleição para o Senado em 2018.