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“A verdade apareceu”, diz Bolsonaro sobre calúnia de Jandira Feghali sobre ‘pedras preciosas’

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Foto: reprodução

Depois de quatro dias de silêncio absoluto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfim resolveu se manifestar sobre a denúncia de Jandira Feghali (PCdoB-RJ), de que ele e sua esposa, Michelle Bolsonaro, teriam recebido pedras preciosas não registradas, durante um ato de campanha no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, no dia 26 de outubro de 2022.

Por meio das redes sociais, Bolsonaro publicou o print de uma reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” sobre o assunto e afirmou que foi “caluniado” pela deputada federal. As informações são do Jornal do Brasil.

“Há poucos dias fui caluniado por uma deputada do PCdoB, na CPMI, como tendo recebido diamantes para financiar atos antidemocráticos. Só no Brasil uma comunista, muito bem nutrida, que nunca passou fome na vida, fala em defender a democracia. Depois de muitos ataques pela grande mídia contra a minha pessoa, a verdade apareceu”, escreveu o ex-mandatário.

A reportagem compartilhada por Bolsonaro contém uma entrevista com o advogado Josino Correia Junior, morador da cidade, que afirma ter sido ele quem deu o envelope com as pedras para Bolsonaro. O apoiador do ex-presidente diz, contudo, que não se tratavam de pedras preciosas, mas sim, semipreciosas.

“São pedras semipreciosas. Comprei na véspera da vinda dele à cidade. Custaram R$ 400”, declarou.

Em resposta, a deputada Jandira Feghali afirmou que a declaração do advogado não diz nada, afinal, o e-mail obtido por ela através da CPMI dos Atos Golpistas mostra funcionários da ajudância de ordens da presidência tratando sobre a entrega de “pedras preciosas”, que estariam em um envelope e uma caixa, a Mauro Cid, ex-braço-direito de Bolsonaro.

“O que ele diz que tinha na caixa ninguém viu. Alguém viu? Alguém abriu essa caixa para saber se ele está falando a verdade? Terceiro: é só essa caixa? Tem mais caixa? Ou seja, essa fala, para mim, não tem nenhum significado. É o e-mail de passagem de serviço dos ajudantes de ordem e um orientando o outro: ‘não cadastre’. Em 11 de novembro essa mensagem some. Ou seja, as pedras devem ter saído do cofre. Qual o destino? Não sei”, pontuou a parlamentar.

Nesta sexta-feira (4), a ex-primeira-dama já havia negado qualquer responsabilidade. Ela postou um versículo bíblico fazendo referência ao caso, em que afirma que “não sei de nenhuma pedra preciosa”.

O caso

O escândalo das pedras preciosas presenteadas à Presidência da República que Jair Bolsonaro (PL) desviava para o seu acervo pessoal, agora ganha um fato novo: o e-mail em que a ajudância de ordens é orientada a entregar tais pacotes de pedras preciosas ao tenente-coronel Mauro Cid, em vez de registrá-las no acervo do Palácio do Planalto.

As mensagens constam em relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entregue à CPMI dos Atos Golpistas. Cleiton Henrique Holzschuk é o membro da ajudância de ordens que envia a mensagem em questão aos colegas.

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