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O fator Gilson Machado na corrida ao Palácio das Princesas em Pernambuco

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

Pré-candidatos a governador, os prefeitos de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), têm outra pedra no meio caminho para tentar um voo de brigadeiro rumo ao Palácio das Princesas em 22, além das dificuldades que apontei no comentário de sábado neste espaço: o candidato do arco de forças a ser apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Como nenhum deles assume o desejo de ter Bolsonaro no palanque, o presidente certamente buscará em outro segmento o seu candidato. O nome dos sonhos dele é o do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Na entrevista a este colunista, terça-feira passada, com exclusividade, diretamente do Palácio do Planalto, Bolsonaro chegou a citar o Senado como alternativa para o aliado pernambucano.

Há quem tenha interpretado como uma forma de despistar a sua verdadeira estratégia, de jogar Gilson Machado para o Governo do Estado. Se isso ocorrer, como se especula em Brasília, reduzem-se as chances de Raquel, Miguel e Anderson entrarem na disputa, num cenário em que a briga no plano nacional estará polarizada entre Bolsonaro e Lula.

Neste caso, a tendência do eleitor bolsonarista em Pernambuco é acompanhar o candidato do presidente e não uma aposta fora do seu campo. Na hipótese de sair candidata, Raquel Lyra, por exemplo, não se alinhará a Bolsonaro, mas ao candidato tucano ao Planalto, que deve sair da eleição prévia entre João Dória, Tasso Jereissati e Eduardo Leite.

Miguel e Anderson estão, na verdade, mais próximos a órbita que gira em direção ao Planalto, mas nunca declararam que querem o apoio de Bolsonaro, principalmente nos últimos três meses nos quais as pesquisas apontam um momento de dificuldades enfrentado pelo Governo e o próprio Bolsonaro. Saindo candidato a governador com o presidente em seu palanque, Gilson Machado transforma Raquel, Miguel ou Anderson em terceiras vias, e polariza a disputa com o candidato do PSB, que estará no mesmo palanque de Lula.

Raquel, Anderson e Miguel abrirão mão de ficar dois aos e oito meses no poder para entrarem numa bola divida como esta? De forma nenhuma, claro. A não ser que tenham vocação para suicídio politico precoce.

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