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Oposição pode cometer o mesmo erro de 2020 em Pernambuco; PSB e PT agradecem

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Foto: reprodução

Quanto mais se aproximam os prazos a serem cumpridos para as eleições de 22, que já bate à porta, mais dúvidas aparecem em relação à unidade das oposições e ao nome que despontará como alternativa para o conjunto dessas forças que se opõem ao PSB. Os três pré-candidatos – Miguel Coelho (MDB), Raquel Lyra (PSDB) e Anderson Ferreira (PL) – têm algo em comum: a perda do poder nos municípios que governam, Petrolina, Caruaru e Jaboatão, respectivamente, se vierem a renunciar.

Raquel, que criou ânimo nos últimos dias, não vai abrir mão de governar a capital do Agreste por mais dois anos e oito meses, se não tiver a certeza do apoio de Miguel e de Anderson. Isso se aplica também aos prefeitos de Petrolina e Jaboatão. Raquel recebeu Miguel na última quarta-feira em Caruaru. Jogaram confetes um no outro, mas não chegaram a lugar nenhum. Além das dificuldades de um abrir o projeto majoritário de 22 para o outro, há um passado de desconfiança na relação dos dois grupos políticos.

Lá atrás, quando Fernando Bezerra Coelho, pai de Miguel, disputou o Senado, posto por Eduardo Campos, João Lyra impôs dificuldades, negando-se a apoiar o representante do clã na chapa majoritária planejada e costurada com muita paciência por Eduardo. Nem Lyra confia nos Coelho nem os próprios Coelho põem a mão no fogo pelos Lyra. Isso até os mais neófitos em política não questionam.

Os caciques Fernando Bezerra e João Lyra não são capazes, hoje, de trocarem amenidades, porque não se toleram na relação quase inexistente, marcada pela desconfiança recíproca. Terceiro personagem do jogo sucessório no campo da oposição, Anderson Ferreira também não sai candidato a governador se não tiver a sólida convicção de que Miguel e Raquel estarão em seu palanque.

Há quem diga que Anderson aceitaria disputar o Senado, abrindo espaço para viabilizar Miguel ou Raquel para o Governo do Estado, mas se esses dois não se entenderem, numa unidade, o prefeito de Jaboatão joga a toalha para o Senado, porque também tem muito o que perder: a Prefeitura de Jaboatão.

Priscila, o nome – Se Miguel não abre para Raquel nem Anderson também e vice-versa, alguém teria que surgir como alternativa para se construir o palanque da oposição. Segundo o que se comenta nos bastidores, quem poderia ir para o sacrifício de botar a sua reeleição no arquivo de deputada estadual seria Priscila Krause, do DEM. “Priscila seria a Krause de saia de 94”, interpreta um cientista político com amplo conhecimento do histórico político estadual. Mas há quem desconfie da disposição de Priscila de entrar nessa aventura, principalmente se o candidato do PSB vier a contar com o apoio do ex-presidente Lula.

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