Início Notícias Comissão aprova o relatório do impeachment de Dilma por 38 votos a...

Comissão aprova o relatório do impeachment de Dilma por 38 votos a favor e 27 contra

807
alt

alt

Plenário da Câmara dos Deputados decidirá no domingo se dará sequência ao processo.

Agência O Globo

BRASÍLIA – A Comissão do Impeachment aprovou por 38 votos, cinco a mais que o necessário, o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela admissibilidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Votaram contra 27 deputados. Não houve abstenções. O processo seguirá agora para o plenário da Câmara, onde são necessários 342 votos entre os 513 parlamentares para aprovar a admissibilidade e encaminhar o processo ao Senado.

No encaminhamento final da votação, falaram dois deputados a favor e dois contra o impeachment. Falaram a favor os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE). Eles repisaram os argumentos a favor do afastamento.

– Quando se atenta contra o Orçamento é o povo que está pagando a conta. São dez milhões de desempregados, inflação de dois dígitos, empresas quebrando e a maior recessão da história econômica do país. Esse é o resultado das fraudes fiscais e crimes perpetrados pela presidente Dilma Rousseff – afirmou Mendonça.

Pelo lado do governo falaram os deputados Jandira Feghali (PC do B-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP). Os argumentos também foram semelhantes aos apresentados anteriormente.

– O que está aqui em curso é um golpe parlamentar, porque o povo brasileiro deu 54 milhões de votos a Dilma Rousseff e ela não praticou nenhum crime de responsabilidade na vida. É um atentado contra a Constituição brasileira o que está acontecendo – disse Paulo Teixeira.

A sessão de votação começou às 10h55 e seguiu ao longo de todo o dia. Além dos líderes partidários e deputados da comissão, o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, também usou a palavra para defender Dilma. A situação da presidente se agravou após a orientação dos líderes.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, avalia a possibilidade de ir à justiça para questionar o processo de impeachment. O ministro argumenta que o processo tem várias falhas, como o cerceamento ao direito de defesa de Dilma. Ele disse nesta segunda-feira que uma eventual ida ao Judiciário ocorrerá no momento oportuno, mas indicou que os recursos possíveis dentro da própria Câmara, ou seja, sem precisar recorrer à justiça, são limitadas.

alt

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here