Em entrevista ao programa Frente a Frente do jornalista Magno Martins, nessa sexta-feira (09), o deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS) voltou a falar sobre a crise sanitária brasileira e o enfrentamento à Covid-19. O parlamentar disse acreditar que a pandemia “está indo para o fim”.
“Eu imagino que agora não tem mais o que contaminar lá no Amazonas. Todas as pandemias terminam quando chega a uns 70% a 75% da população que tenha tido contato com o vírus, ou pela infecção ou pela vacina”, declarou. Na sequência, Terra afirmou que “não defende que as pessoas se contaminem”, mas ressaltou sua posição contra o isolamento social.
O assunto fez com que fosse convidado à CPI da Covid no Senado para falar sobre o tema no último dia 22. Osmar Terra também criticou os governadores pela adoção de medidas restritivas: “A estratégia está errada. Fechou demais, trancou demais, assustou demais as pessoas. Isso não resolve. Não é assim que se resolve uma epidemia. Falo isso com experiência.”
O deputado gaúcho também falou sobre o governador Eduardo Leite (PSDB) e o carimbou como “um péssimo gestor da pandemia”. Ainda cutucou o gestor tucano ao dizer que ele “fez o ajuste fiscal com o dinheiro do governo Bolsonaro. Nunca um governador do Rio Grande do Sul teve tanto dinheiro federal na mão para botar em dia o salário que estava atrasado. Aí é fácil. Qualquer um faria”.
Em outra polêmica, ele atribuiu à “contaminação em casa” às mais de 529 mil mortes pela doença e declarou que “o que está derrubando a curva de contágio é a grande massa que já teve contato com o vírus”.
Na entrevista, o deputado fez afirmações que destoam dos dados oficiais: Terra voltou a utilizar a Suécia como exemplo no combate à pandemia e declarou que não houve mortes por Covid-19 de pessoas com até 15 anos. Entre as crianças com até nove anos, constavam nove óbitos até o último dia 30.
Ao todo, 14.639 faleceram pela doença e 1,09 milhão foram infectados. A população sueca chega a 10,23 milhões. Sobre a Argentina, o deputado Osmar Terra disse que o país estava se aproximando do número de mortes do Brasil, mas os dados oficiais atestam que 97.439 argentinos faleceram pelo novo coronavírus.