O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender mudanças no sistema de votação no Brasil, reiterando seu apoio ao voto “impresso” já para as eleições de 2022. Em conversa com apoiadores na manhã desta quinta-feira, 8, o chefe do Executivo subiu o tom.
“As eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, disse o presidente.
Ontem, em entrevista à Rádio Guaíba, Bolsonaro já havia dito que o voto 100% eletrônico abre brecha para possíveis fraudes. Ele citou a eleição presidencial de 2014, vencida pela petista Dilma Rousseff. “Nosso levantamento, feito por gente que entende do assunto, garante que sim [teria havido fraude]. Não sou técnico de informática, mas foi comprovada fraude em 2014″, disse.
“Se esse mesmo [sistema] continuar, sem a contagem pública, eles vão ter problema porque algum lado pode não aceitar o resultado. Esse algum lado, obviamente, é o nosso lado. Nós queremos transparência”, afirmou Bolsonaro na ocasião.
Como Oeste noticiou, Bolsonaro criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que é contra o voto “impresso”. “O Parlamento brasileiro negociou com liderança partidária para que o voto ‘impresso’ não fosse votado. Para quê? Para fraude. O Brasil é o país que desponta no tocante à informatização. Por que o Japão não adota o voto eletrônico? Por que os Estados Unidos fazem o mesmo? Por que o [Luís Roberto] Barroso [presidente do TSE] não quer mais transparência nas eleições? Porque tem interesse pessoal.” (Revista Oeste)