Polícia estima que 80 mil pessoas participaram do ato na Av. Paulista.
Agência O Globo
SÃO PAULO – Em seu primeiro discurso após aceitar ser ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que “não existe espaço para ódio” no país e que ele aceitou participar do governo Dilma Rousseff “não para brigar, mas para ajudar”.
— Na hora em que a companheira Dilma me chamou eu hesitei muito. Ao aceitar ir para o governo veja o que aconteceu comigo: eu virei outra vez Lulinha paz e amor. Eu vou lá não para brigar mas para ajudar a presidenta Dilma fazer as coisas que têm que ser feitas nesse país. E não vou lá achando que aqueles que não gostam de nós são menos brasileiros do que a gente ou que a gente é mais brasileiro que eles — disse.
Apesar de cartazes e faixas contra o juiz Sérgio Moro, da Lava-Jato, e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o ex-presidente centrou seus ataques na oposição. Ele criticou a propagação do “ódio” no país e acusou os derrotados na última eleição de não saberem perder.
— Eu não quero que quem votou no Aécio (senador Aécio Neves, do PSDB) vote em mim nem quem votou na Dilma vote nele. O que eu quero é que a gente aprenda a conviver de forma civilizada com as nossas diferenças.
De cima do carro de som, Lula, vestindo uma camisa vermelha, gritou com a multidão “Não vai ter golpe”.
Polícia estima que 80 mil pessoas participaram do ato na Av. Paulista.