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Manifestantes vão às ruas contra nomeação de Lula e pela renúncia de Dilma

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Juiz Sérgio Moro recebe solidariedade durante protestos.

Agência O Globo

SÃO PAULO – Após a divulgação pelo juiz Sérgio Moro dos áudios de conversas entre a presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, em que fica sugerido a nomeação do ex-presidente para a Casa Civil para evitar uma eventual prisão do ex-presidente, manifestantes foram às ruas em pelo menos 16 estados e no Distrito Federal. Os principais protestos aconteceram na capital paulista e em Brasília. Manifestantes contra e pró-Lula chegaram a se enfrentar em frente à casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas se concentraram no local.

Em São Paulo, o protesto começou espontaneamente durante a tarde. Na Avenida Paulista, parte dos manifestantes se concentrou na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e também diante do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde um painel de luzes que cobre a fachada do edifício leva uma tarja preta, com os dizeres: “Renúncia já”.

Em Brasília, onde o protesto reuniu mais de cinco mil pessoas favoráveis ao impeachment, houve confronto entre manifestantes e a polícia, que usou gás de pimenta e bombas de efeito moral para acalmar os ânimos mais exaltados. Um boneco inflável de Lula chegou a ser incendiado durante o protesto.

Curitiba foi outra capital palco de manifestações. Assim que vazaram os primeiros áudios envolvendo Lula e Dilma, um grupo de manifestantes foi para a porta da Justiça Federal do Paraná protestar contra o PT e dar apoio a Moro. O entorno do prédio chegou a ser fechado e as saídas bloqueadas. Moro saiu discretamente acompanhado de seguranças em um carro blindado.

Pouco antes das 23h desta quarta, cerca de 25 mil pessoas, de acordo com a Brigada Militar, participaram de manifestação contra o governo em Porto Alegre, nas imediações do Palácio Farroupilha, sede da Assembleia Legislativa.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi fechada. A Polícia Militar não fez estimativas de participação popular. Na Fiesp, um palco improvisado recebeu líderes de movimentos, que gritavam palavras de ordem contra o governo e o ex-presidente. Muitos gritaram o nome do juiz Sérgio Moro. A multidão cantou o hino, muitos se ajoelharam e choraram.

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