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Diocese de Salgueiro já registrou 13 casos de Covid-19 entre os religiosos

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Foto: reprodução

Foram 11 padres, um diácono, e o bispo, Dom Magnus Henrique Lopes. Desse total, seis adoeceram este ano. Quatro ainda estão doentes, sendo dois hospitalizados

G1 Petrolina

Desde o início da pandemia, a Diocese de Salgueiro, que é formada por 15 municípios do Sertão Central e Sertão do Araripe, em Pernambuco, já registrou 13 casos da Cocvi-19 entre os religiosos. Foram 11 padres, um diácono, e o bispo, dom Magnus Henrique Lopes. Desse total, seis adoeceram este ano. Quatro ainda estão doentes, sendo dois hospitalizados.

O quadro do padre José da Silva Barros, da paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Ipubi, é o mais grave. O religioso precisou passar por uma traqueostomia para ajudar na respiração. Ele está internado no Hospital e Maternidade Santa Maria, em Araripina.

O boletim divulgado na quarta-feira (12), pela equipe médica, diz que o padre “foi submetido a manobras de fisioterapia respiratória por 48h, evoluindo com melhora clínica, laboratorial e radiológica. Realizada nova tentativa de despertar, iniciado desmame de sedativos, evolui sem intercorrências até o momento. Laboratório estável. Função renal preservada”.

Também internado, o padre José Nilton Pereira Matias, da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Araripina, segundo o boletim da quarta-feira, “encontra-se colaborativo, respira espontaneamente sem necessidade de oxigênio suplementar, realizando fisioterapia respiratória. Laboratório permanece estável. Permanecerá sob cuidados intensivos”.

A diocese vem divulgado os boletins médicos dos padres nas redes sociais. No último dia 11, os fiéis tiveram uma boa notícia, vendo o vídeo da alta do padre Edílson José Rodrigues, reitor do seminário de Salgueiro. O religioso chegou a ficar entubado, durante a internação.

Responsável pela diocese, Dom Magnus teve Covid em setembro do ano passado e ficou com 25% dos pulmões comprometidos. Ele acredita que os religiosos da diocese estão adoecendo por causa do contato que precisam ter com pacientes, durante o sacramento da unção dos enfermos. O bispo explica que, historicamente, a igreja Católica adota essa conduta, mesmo em pandemias, para levar um pouco de conforto aos fiéis.

“A igreja se faz presente de diversas formas nesse período da pandemia. Conscientizando, ajudando, chegando perto daqueles que estão padecendo, passando por necessidades físicas ou espirituais. Acredito que o alto índice de padres que se contaminaram no mundo, no Brasil, aqui também na nossa diocese, é fruto dessa presença no meio daqueles que estão contaminados”, diz.

Diante da gravidade da situação da pandemia na região, que já registrou mais de 59 mil casos da doença e 1.063 mortes, e da quantidade de padres adoecendo por se sacrificarem ao atenderem os enfermos, o bispo de Salgueiro faz um apelo aos fiéis.

“A pandemia não terminou. Muitos casos estão acontecendo, famílias estão sofrendo. Então, nós precisamos nos organizar e cada vez mais se conscientizar de que, realmente, a questão da higienização se faz necessária”.

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