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PM de São Paulo diz que 1,4 milhão foram a ato na Paulista

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Protestos anti-Dilma foram registrados em todos os estados do país.

Agência O Globo

RIO, BRASÍLIA, SÃO PAULO e BELO HORIZONTE – Manifestantes tomaram neste domingo as ruas de todos os estados do Brasil e o Distrito Federal para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff e pedir sua saída. Em Brasília, a estimativa da PM é de que 100 mil pessoas ocuparam a frente do Congresso, número superior ao de manifestantes nos protestos ocorridos no ano passado. No Rio, os organizadores falam em 1 milhão de participantes. Em São Paulo, estimativas da PM falaram em 1,4 milhão na Avenida Paulista, número que coloca a maior cifra de manifestantes nas ruas desde os protestos de 2015. Também fora do país, brasileiros se reuniram em cidades como Washington, Nova York e Lisboa para protestar — a imprensa internacional destacou a frustração política que alimenta as manifestações.

POLÍTICOS LEVAM VAIAS; MORO, HOMENAGENS

As manifestações foram pacíficas em todos estados. Em diferentes cidades, houve, porém, hostilidade a políticos de diferentes partidos quando os mesmos pediram a palavra ou subiram em carros de som para se pronunciar. No Rio, o deputado federal Índio da Costa (PSD) foi vaiado. Em Brasília, Jair Bolsonaro (PSC-RJ) também não teve acolhimento por parte do público ao discursar. O mesmo aconteceu em São Paulo, onde a senadora Marta Suplicy (PMDB, ex-PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram impedidos de falar.

Entre as principais bandeiras dos manifestantes, estão o impeachment da presidente e o fim da corrupção. O ex-presidente Lula, investigado pela Operação Lava-Jato, também é alvo dos protestos. Uma das figuras mais celebradas pelos manifestantes por causa de sua atuação na operação Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro se disse “tocado” após ser figurado com máscaras em várias cidades, entre elas Curitiba, de onde comanda operações da Lava-Jato.

— Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do povo brasileiro ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário.

O Palácio do Planalto está monitorando desde a manhã deste domingo as manifestações, mas ainda não decidiu se vai se manifestar. O número de pessoas nas ruas é considerado expressivo e, segundo uma fonte do governo, já era esperado. Até as 15h deste domingo, foram contabilizadas 1,038 milhão de menções a termos relacionados às manifestações no Twitter.

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