BRASÍLIA – Após dar posse ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro gravou na tarde desta terça-feira um pronunciamento à nação que será exibido nesta noite em cadeia nacional de emissoras de rádio e televisão. No discurso, Bolsonaro defenderá a vacina e, segundo pessoas com acesso ao texto, não deverá fazer a defesa do tratamento precoce, que, embora não comprovado cientificamente, é defendido por ele. Em nota, o Palácio do Planalto confirmou que o tema será a vacinação.
Na fala, o presidente se concentrará em fazer balanço das aquisições de imunizantes pelo governo federal e outras ações do Ministério da Saúde para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. Bolsonaro também ressaltará que o Brasil é produtor de vacina e que, a partir de abril, começará a fabricar os insumos para o desenvolvimento dos imunizantes.
Bolsonaro tem sido orientado por integrantes do Congresso e por integrantes do governo a deixar a defesa de medicamentos fora de seus discursos e focar apenas na imunização em massa. Aliados e auxiliares também passaram a defender que o presidente use a máscara em público, apesar disso ele não deverá fazer nenhuma menção ao item de proteção.
O chefe do Executivo, no entanto, segue crítico das medidas restritivas de circulação de pessoas adotadas por governadores para conter a contaminação. Nesta terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, negou o pedido de Bolsonaro para derrubar os decretos dos estados.