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Na Arari FM, especialista explica como as variantes do novo coronavírus se espalham; ouça

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Médico imunologista, alergologista e dermatologista Cícero Inácio / Foto: arquivo Blog do Roberto

Por Cidinha Medrado para o Blog

Foi mais rápido do que imaginaram os cientistas e representantes políticos brasileiros. A variante do novo coronavírus encontrada em Manaus está se espalhando pelo Brasil. Esta variação pode ser a fase mais perigosa do coronavírus. Em meio a tantas perguntas, o Programa Araripina Urgente da Rádio Arari FM, com o Jornalista Roberto Gonçalves, questionou com exclusividade, o médico imunologista, alergologista e dermatologista Cícero Inácio.

A conversa foi proveitosa para esclarecer dúvidas da população a cerca dessas mutações. Dr. Cícero disse que a cepa que está se espalhando pelo país é a mesma de Manaus. “É como uma segunda alternativa de uma raça que já se comporta um pouco diferente da original. As variantes podem ser de linhagens diferentes. Por exemplo, as do Brasil ou da África do Sul podem ter várias cepas diferentes. O vírus muda seu material genético e vai se adaptando com a proteína de defesa que nós temos, ele não consegue pegar outra proteína que seja diferente, com o tempo o vírus vai mudando sua proteína, por isso, com o tempo a gente tem que ir mudando a vacina, como a da gripe. Possivelmente vamos ter que fazer vacinas contra a covid-19 todos os anos ”, explicou o médico.

Na oportunidade o médico avaliou a potencialidade das vacinas, o como podem ser resistentes às essas mudanças. De acordo com Dr. Cícero, as vacinas serão eficazes contra as variações dependendo do ponto de mudança do vírus.

“A CoronaVac é produzida de vírus morto inteiro (inativado), ela apresenta todas as proteínas do vírus, tem a capacidade de o sistema imunológico reconhecer todas elas, e com isso, produzir anticorpos contra. É possível que ela tenha maior eficácia contra as variantes do que as outras. Acredito também que a AstraZeneca tenha eficácia contra essa variante brasileira, a da África do Sul e da Inglaterra. O vírus mesmo em locais diferentes está se adaptando, se moldando para melhor infectar o ser humano”, disse ele.

Respondendo a pergunta de um ouvinte, o médico esclareceu que se um paciente toma anticorpo monoclonal, no caso da Artrite Reumática, por exemplo, não tem contra indicação, porém é preciso dar um tempo de 30 dias para depois tomar a vacina.

Em relação a ingerir medicamentos no tratamento precoce como Ivermectina, o médico disse que o resultado final pode ser bom, conseguindo a redução da carga viral e inflamações e que este resultado reduz também o número de mortes, mas é preciso continuar com os estudos.

“Alguns desses estudos precisam ser revisados, eles foram feitos, foram lançados, mas ainda precisamos bater o martelo e dizer: Isso realmente funciona. A observação clínica da maioria é que é bom”, disse ele.  Ouça a entrevista na íntegra:

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