Não dá para deixar de reconhecer que a pandemia chegou, depois de um ano de instalada no País, a um estágio dos mais graves e preocupantes, com UTIS saturadas, filas enormes para atendimento nas emergências, enfim, um quadro que, infelizmente, parece ser mais angustiante que se possa imaginar. Mais dramático se apresenta nos telejornais.
Ouço, no dia a dia, depoimentos de pessoas que não conseguem dormir depois de assistir ao Jornal Nacional, da TV-Globo. A linha adotada pela emissora beira ao terrorismo. Há muito, aliás desde março do ano passado, que não vejo TV. Embora jornalista, por ofício obrigado a me inteirar de tudo, prefiro buscar informações pela internet.
TV, do nível em que se encontra hoje a Globo, não me faz a menor falta. Não digo que a Globo é lixo para não me acusarem de bolsonarista, mas a sua linha editorial na pandemia me assusta, por isso mesmo prefiro manter distância. E quanto mais os tempos se agudizam mais assombração invadindo os lares de todos os brasileiros, sem distinção. “Quanto vejo o JN fico com a sensação que vou morrer”, confessou um colega de profissão.
Como não sou obrigado a pegar o controle na sintonização da poderosa, recorro aos melhores sites e portais do País, leio opiniões abalizadas, principalmente de médicos e cientistas, para me inteirar de tudo que na TV chega em versão apocalítica, anunciando o fim do mundo, que ninguém vai escapar da morte anunciada. Depois relaxo, leio bons livros, ouço música.
As pessoas me dizem que assistem ao JN ingerindo tranquilizantes e quando o telejornal acaba ficam extremamente tensas, veem a morte à frente, demônios e alucinações. Como não sou masoquista, prefiro um clássico de Beethoven. Cai como um bálsamo, suaviza a alma, o resumo da sua obra é a liberdade, um gênio, querubim que se ergue diante de Deus com as suas sinfonias.