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Sérgio Moro marca depoimento de Lula na Lava-Jato

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Ex-presidente foi convocado como testemunha de defesa de Bumlai, que admitiu ter fraudado um empréstimo de R$ 12 milhões para abastecer os cofres do PT.

Agência O Globo

SÃO PAULO — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai depor na Operação Lava-Jato no dia 14 de março. Lula foi arrolado como testemunha de defesa pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que admitiu ter fraudado um empréstimo de R$ 12 milhões feito no Banco Schahin para abastecer os cofres do PT.

É a primeira vez que Lula falará diretamente ao juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava-Jato. O ex-presidente não precisará ir a Curitiba. Moro autorizou seu depoimento por videoconferência.

Em depoimento à Polícia Federal, Bumlai isentou o ex-presidente de qualquer negócio relativo à Petrobras. O pecuarista afirmou que, apesar de se considerar amigo pessoal de Lula, nunca levou a ele questões comerciais.

Em dezembro, durante o interrogatório, os investigadores perguntaram se Bumlai estava “tentando proteger figuras públicas de responsabilidade no episódio (do empréstimo), tais como o ex-Presidente da República e outros dirigentes do Partido dos Trabalhadores, tais como seu presidente a época José Genuíno”. O pecuarista respondeu que não estava “tentando proteger ninguém”.

Na defesa prévia do pecuarista, os advogados afirmam que Bumlai tem aparecido nas manchetes sobre o esquema de corrupção na Petrobras como se fosse “a isca perfeita para fisgar o peixe”. Ou, “o molusco cefalópode”, como escreveu na peça de defesa o escritório do advogado Arnaldo Malheiros, fazendo uma referência ao ex-presidente Lula.

Além de Lula, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli foi arrolado como testemunha de defesa do pecuarista. O depoimento de Gabrielli ainda não tem data definida.

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