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Miguel Coelho fala em década perdida para Pernambuco

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Foto: divulgação

Por Magno Martins

Pelo tom da entrevista do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), ontem, ao Frente a Frente, as oposições vão adotar a estratégia de carimbar o PSB como responsável pela quase década perdida para o Estado após a morte do ex-governador Eduardo Campos. Para ele, os herdeiros da gestão socialista implantada por Eduardo não deram certo, nem no Estado nem tampouco na capital, provocando o maior retrocesso dos últimos anos para um Estado visto lá atrás com a força de um leão, o Leão do Norte.

“Pernambuco está atrás, hoje, até do Maranhão. Isso é deprimente e vergonhoso”, disse Miguel, que desponta na bolsa de apostas como pré-candidato a governador pelo bloco da oposição em 22, assim como a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, além do prefeito de Olinda, Professor Lupércio (SD), liderança na Região Metropolitana também em ascensão.

Segundo Miguel, já está havendo conversas entre eles com vistas à discussão da unidade para enfrentar o candidato do Governo. A preocupação é não repetir os erros na recente eleição do Recife quando se deu uma divisão latente do bloco oposicionista, favorecendo o candidato do PSB, João Campos, que chegou ao segundo turno contra Marilia Arraes, saindo vitorioso pela manifesta rejeição ao PT na capital.

Na entrevista, Miguel não quis carimbar o governador de incompetente e maestro desafinado, mas deixou a entender ser ele o principal responsável pelo momento difícil que o Estado passa, sem investimentos públicos, sem liderança, perdendo a posição de destaque sempre proeminente no cenário econômico e político do Nordeste. “Pernambuco deixou de ser um Estado altivo e respeitado”, afirmou.

Quanto à unidade do bloco oposicionista, difícil acreditar. A construção da candidatura ao Governo está sendo dada em torno de três prefeitos reeleitos – Anderson, Raquel e o próprio Miguel. Cada um com suas peculiaridades e visões diferenciadas. É improvável que qualquer um deles se contente em fechar uma chapa como vice.

Chapa ideal, segundo já se ouve nos bastidores, seria Miguel na cabeça, Raquel Lyra na vice e Anderson candidato ao Senado. Vice, a tucana resgataria a tradição de Caruaru em composição de chapas. Da terra do forró já se projetaram para o Estado como vice-governadores, pela ordem, Jorge Gomes, de Miguel Arraes; Roberto Fontes, de Joaquim Francisco; e, por fim, João Lyra Neto, de Miguel Arraes. Com a mulher em alta na política e vista como boa gestora, dificilmente Raquel aceitaria ser coadjuvante em 22. Quer ser a atora principal do jogo.

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