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Durante o discurso de posse, novo presidente do TJ/MS diz que quem recomenda isolamento é “picareta e covarde”

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Durante a solenidade de posse o novo presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, o desembargador Carlos Eduardo Contar, criticou as pessoas que recomendam o isolamento como medida de reduzir o contágio do novo coronavírus. De acordo com o chefe do TJ/MS, essas pessoas são “picaretas e covardes”. A declaração foi feita na última sexta-feira, 22 de janeiro.

“Deixemos de viver conduzidos como um rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior, melhor”, afirmou Contar. “Desprezemos, pois, o irresponsável, o covarde e picareta de ocasião, que afirme ‘fique em casa’, ‘não procure socorro médico com sintomas leves’, ‘não sobrecarregue o sistema de saúde’”, afirmou o presidente.

 “Combatendo a histeria coletiva, a mentira global, a exploração política, o louvor ao morticínio, a inadmissível violação dos direitos e garantias individuais, o combate leviano e indiscriminado a medicamentos, que, se não curam — e isto jamais fora dito —, podem simplesmente no campo da possibilidade, ajudar na prevenção ou diminuição do contágio, mesmo não sendo solução perfeita e acabada. 

Porém, como já dito ao início, razões de ordem prática recomendam meu silêncio. Primeiro, para não ser penalizado, nestes tempos de caça às bruxas, onde até o simples direito de manifestar qualquer opinião que não seja a da grande mídia corrompida e partidária, também, porque a idade vai ensinando, que melhor do que estar certo, é ser feliz, mesmo que padecendo com a revolta, a indignação, e o inconformismo.

Também, porque já me alongo nesta fala, e não gostaria de deixar a má impressão de ser inconveniente. Voltemos nossas forças ao retorno ao trabalho. Deixemos de viver conduzidos como um rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior melhor.

Desprezemos, pois, o irresponsável, o covarde e picareta de ocasião, que afirme “fique em casa”, “não procure socorro médico com sintomas leves”, “não sobrecarregue o sistema de saúde”. É. Paciência, senhores.

Os tempos realmente são estranhos. Mostremos nós, trabalhadores do serviço público, responsabilidade com os deveres e obrigações com aqueles que representamos.

E, por isto mesmo, retornemos com segurança, pondo fim à esquizofrenia e à palhaçada midiática fúnebre, honrando nosso salário e nossas obrigações, assim como fazem os trabalhadores da iniciativa privada, que precisam laborar para sobreviver, e não vivem às custas da viúva estatal, com salários garantidos no fim de cada mês.”

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