Pezão vai pedir que Tribunal de Justiça e Ministério Público façam o adiantamento com recursos próprios.
Agencia O Globo
RIO – O governador Luiz Fernando Pezão disse que não vai poder cumprir a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Superior Tribunal Federal (STF) de que os os salários do Judiciário sejam pagos no dia 30 e não no sétimo dia útil do mês como o restante dos servidores estaduais ativos e inativos. Pezão se reúne nesta terça-feira com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Carvalho, e com o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, para discutir a questão, conforme informou o jornalista Ancelmo Gois, em sua coluna.
— Até abril, teremos muita dificuldade porque a inadimplência ainda é muito grande. Vamos mostrar aos dois que é impossível fazer isso (realizar o pagamento no dia 30). Vou pedir a solidariedade dos dois. Os dois órgãos têm fundo de reserva e, se quiserem, podem fazer o pagamento. Depois, eu reponho — disse o governador, pela manhã, quando participou da cerimônia de entrega de 17 carros que vão atuar no combate a dengue em 11 municípios da Baixada Fluminense.
Pezão disse que o primeiro trimestre será difícil, mas garantiu que vai honrar todos os seus compromissos, principalmente na Saúde.
– Vamos fazer a travessia deste ano sangrando. Mas passaremos, como passamos 2015. O dinheiro não cai como a gente precisa, mas vou honrar com todos os compromissos – disse o governador.
Ainda nesta terça-feira, a crise financeira do estado será o assunto de outra reunião do governador Luiz Fernando Pezão. Desta vez, a agenda será em Brasília onde Pezão vai pela quinta vez pedir ajuda ao governo federal. Às 17h, Pezão e sua equipe de governo se encontram como ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
— Tenho uma série de assuntos para tratar com o ministro e estou indo com toda a inha equipe. A Previdência do estado, os royalties do petróleo e a dívida do estado são alguns dos assuntos. Precisamos muito da parceria com a presidente Dilma Roussef e do ministro Nelson Barbosa — acrescentou Pezão.