O presidente Jair Bolsonaro disse na tarde desta sexta-feira (08) ao líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB, que seu candidato no Senado é Rodrigo Pacheco, do DEM. A posição abre caminho para uma candidatura mais independente do MDB.
Pacheco virou candidato a partir de uma operação política capitaneada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também do DEM. Nesta semana, ele conseguiu angariar apoios em outras legendas, como o PSD, Pros e o Republicanos. Contabiliza hoje, portanto, 22 dos 41 votos necessários para vencer.
Na conversa entre Bolsonaro e Bezerra, que durou cerca de 30 minutos, Bezerra disse ao presidente que o MDB do Senado terá a partir da próxima semana 15 senadores, dois a mais do que hoje. E que manterá o status de maior bancada, o que, pela tradição, deveria ocupar o posto. Também lhe disse que, como mostrou a CNN, o MDB caminha para formar um bloco com o Podemos, o PSDB e outros partidos, o que lhe garantiria uma competitividade na disputa.
A posição do presidente, segundo integrantes do MDB, abre caminho para uma candidatura mais independente da legenda, como a do líder da bancada, Eduardo Braga, ou da presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone Tebet. Isso porque, havendo uma candidatura mais alinhada ao governo do outro lado, como a de Pacheco, a ideia é fazer antagonismo a ela.
Por outro lado, tende a enfraquecer a candidatura do líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, que também pretende ser candidato. Questionado pela CNN, Eduardo Gomes disse que a disputa ainda está aberta. “Está tudo em aberto. Semana que vem haverá reuniões e as articulações começarão a ser melhor definidas”, declarou.