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Financiamentos habitacionais crescem mesmo na pandemia

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Foto: reprodução

Os financiamentos habitacionais vivem seu melhor momento, seja com relação às taxas ou ao número de adesões.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu 13,86 bilhões de reais em outubro, o que representam um aumento de 84% em relação ao mesmo mês em 2019.

Segundo Rafael Scodelario, especialista em mercado imobiliário, com a redução nos preços praticados por diversos fatores como redução da taxa Selic e crédito mais acessível, a pandemia favoreceu a compra ou financiamento de imóveis. “A hora de comprar é quando o imóvel está barato. Com o cenário, o comprador ganha tanto com a renda do aluguel quanto com a valorização do bem”, garante.

Fatores da valorização

Taxa Selic em queda: O Brasil nunca viveu uma taxa de juros tão baixa. Por isso, investidores têm buscado novas formas de empregar capital para não perder rendimentos passados. “Uma dessas estratégias tem sido justamente os financiamentos habitacionais, visto que as pessoas se viram em um cenário onde é melhor retirar as aplicações e investir em bens mais seguros como são os imóveis”, explica Rafael Scodelario.

Crédito mais acessível: Outro fator citado pelo especialista é a taxa de financiamento que vive um de seus momentos mais vantajosos para compradores. “Os bancos estão perdendo espaço nesse cenário de aplicações e para incentivar a movimentação começam a oferecer melhores condições de financiamento, já que essa estratégia é tida como segura, pois se o comprador não honrar com o compromisso, a instituição tem o imóvel como garantia. Para o banco não há riscos e para o comprador isso se torna uma oportunidade de um bom negócio”, garante.

A importância de um lar: Em especial devido ao isolamento social, as pessoas têm entendido cada vez mais a importância do morar bem.

“Isso é visível quando observamos a quantidade de pessoas em busca de se mudar para locais maiores. Elas passaram a valorizar o espaço, as casas de campo e vêm pensando mais em ter um local onde possam receber amigos quando tudo passar”, comenta Scodelario.

Aluguel em reajuste: Segundo o especialista em mercado imobiliário Rafael Scodelario, o aluguel teve um reajuste anual de 21%, o que tornou a forma de morar desvantajosa. “O dinheiro do aluguel nunca foi algo que retorna para quem opta por essa modalidade de moradia, porém, com o reajuste ficou mais barato financiar que alugar”, aponta.

Investimentos: Com o mercado mais volátil, os investidores estão tendo cada vez menos garantia de retorno, já que o dinheiro está diretamente relacionado as quedas e valorizações da bolsa. Com isso, o retorno de um patrimônio sólido tem sido mais atrativo, garante Rafael.

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