Estariam igualmente deficitários o Funcef (Caixa Econômica), o Petros (Petrobras) e o Postalis (Correios).
Do Estadão
– A Previ (Fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil) fechou o ano de 2015 com um déficit de R$ 13 bilhões. O deputado Raul Jungmann (PPS) está coletando mais informações sobre este “rombo” porque vai requerer à CPI dos Fundos de Pensão a presença de gente graúda do PT para dar explicações a respeito do tema. Estariam igualmente deficitários o Funcef (Caixa Econômica), o Petros (Petrobras) e o Postalis (Correios).
O presidente da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Efraim Filho (DEM/PB), diz que as investigações da comissão vão mostrar que até a metade do rombo dos maiores fundos de pensão do País – que são patrocinados por empresas estatais – são fruto de gestões fraudulentas ou temerárias. “Existe uma questão conjuntural, decorrente da crise econômica, mas a CPI credita uma grande parcela (dos rombos), que pode chegar a R$ 30 bilhões, a uma questão de gestão, de problemas estruturais”, afirma o deputado.
Nos casos de fraude, ele cita como exemplo o Postalis (fundo dos funcionários dos Correios), alvo de investigação da Polícia Federal por causa de investimentos atrelados à dívida de países com problemas, como Argentina e Venezuela. Em relação à gestão temerária, ele cita os aportes feitos pelos gestores dos fundos à revelia das recomendações técnicas. Neste caso, segundo ele, todos os quatro fundos investigados (Previ, do Banco do Brasil, Petros, da Petrobrás, Funcef, da Caixa, e Postalis) apresentam problemas. O deputado afirma que foi possível identificar três pilares que se repetem: aparelhamento das entidades, tráfico de influência e direcionamento dos negócios para interesses político-partidários. A CPI deve entregar o relatório final em março, quando as investigações serão encaminhadas ao Ministério Público e à Polícia Federal.