MP na calada do Natal afastou o TCU dos acordos de leniência
Por Claudio Humberto / Jornal do Commercio
A medida provisória que neutralizou os rigores da Lei Anticorrupção, assinada por Dilma enquanto o País se distraía com as festas de fim de ano, segundo ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), é parte da estratégia do Planalto de impedir o acesso de auditores da Corte ao passo-a-passo dos indecorosos “acordos de leniência”, e preservar o negócio dos controladores das empresas que roubaram a Petrobras.
Acordos de leniência autorizam o governo a contratar as empresas da gatunagem à Petrobras, o que era vedado pela Lei Anticorrupção.
A MP da Vergonha, assim batizada no TCU, retarda indefinidamente a conclusão dos acordos e autoriza o governo a contratar as empresas.
Além de isolar o TCU, a MP de Dilma também objetiva manter o Ministério Público Federal distante dos “acordos de leniência”.
O TCU fiscalizava acordos de leniência desde as tratativas. Com a MP da Vergonha, só tomará conhecimento após a CGU, e assiná-los.