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Centenário de Nilo Coelho: FBC enaltece altivez do tio ao enfrentar os desafios

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Foto: divulgação

Com a presença de familiares e amigos de Nilo Coelho, o plenário do Senado realizou nesta quinta-feira (19) sessão especial em homenagem ao centenário de nascimento do ex-governador de Pernambuco e ex-presidente do Congresso Nacional. Nascido em 2 de novembro de 1920, em Petrolina, Nilo ficou conhecido como “governador da integração” – uma referência às obras estruturantes que integraram o Sertão às demais regiões de Pernambuco, como a construção da estrada que liga Recife a Petrolina e a ampliação da rede de eletrificação rural, que levou energia para mais de 200 distritos do Interior do Estado.

No discurso, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) destacou a trajetória de Nilo como homem público comprometido com a justiça social e o desenvolvimento de Pernambuco e do Nordeste. “Somente um espírito arrebatado e impetuoso como o de Nilo Coelho seria capaz de transformar uma região árida como o Vale do São Francisco em um grande polo de desenvolvimento, um dos maiores do Interior do Nordeste brasileiro, a partir da implementação dos perímetros irrigados. Este sim foi o maior legado de Nilo Coelho”, afirmou o senador, autor do requerimento para a realização da homenagem.

Fernando Bezerra também lembrou a passagem de Nilo Coelho pelo Senado, onde ocupou os cargos de vice-presidente, líder do governo e presidente do Congresso Nacional. “Esteve à altura dos desafios e responsabilidades que o momento histórico impunha. Hábil articulador político, soube ser líder. Não admitia bravatas. Impetuoso, não se deixava abater pelas dificuldades. Nunca se afastou da formação moral, do caráter reto e do compromisso com o bem comum. Na Presidência do Congresso, trabalhou com a altivez que lhe era característica pela afirmação do Parlamento Brasileiro. Lembro o episódio que selou o seu destino de grande homem público. Ao presidir sessão do Congresso em que se apreciava Decreto-Lei sobre a política salarial, contrariou os interesses de seu partido e proferiu a célebre frase: ‘Não sou presidente do Congresso do PDS; sou presidente do Congresso do Brasil’”.

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