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Júri fictício acaba em forró em Petrolina

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Por Magno Martins

Como se sabe, as campanhas eleitorais estão suspensas pela resolução 372/2020 do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) com a anuência do Ministério Público. Por isso mesmo, promotores deveriam dar o exemplo e evitar aparecer em situações que despertem controvérsias. O procurador-geral do Estado, Francisco Dirceu Barros, não levou em conta isso e cedeu quatro membros do Ministério Público de Pernambuco lotados no Recife para participar, hoje, de um júri fictício em Petrolina, cujo réu foi João Grilo, protagonista de “O auto da Compadecida”, obra de Ariano Suassuna.

Conforme o blog noticiou, eles tiveram diárias e passagens custeadas com dinheiro público, apesar de ser um evento privado. A iniciativa passaria despercebida não fosse o cenário pandêmico enfrentado no Brasil e as inúmeras restrições a que a população está submetida devido à Covid-19. Para completar, o júri fictício terminou em forró, com promotores dançando até de rosto colado, como é possível assistir em vídeo. Nem fizeram questão de esconder ao aparecerem na conta do júri Instagram (@jurihistorico.pnz). Por tudo isso, a atitude soa bastante imprudente. Para esta situação, cabe parafrasear Chicó, o melhor amigo de João Grilo: “Não sei, só sei que foi assim.”

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