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Prêmio de Economia Criativa é lançado por ministro da Educação em Pernambuco

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Iniciativa da Fundação Joaquim Nabuco destinará R$900 mil do orçamento para estados do Nordeste

Foto: divulgação

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), lançou o Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa nesta quarta-feira (28). A iniciativa destina R$ 900 mil para projetos de fomento à inovação e diversidade cultural em todo o Nordeste. Para a outorga do Edital, uma cerimônia foi promovida no Campus Casa Forte, no Recife, com a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do presidente da Fundaj, Antônio Campos. Em seguida, o ministro visitou a obra do Museu do Homem do Nordeste, a exposição Tempo de Nabuco, no Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, e, no bairro do Derby, o Cinema da Fundação, a Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP) e a Sala de Leitura Nilo Pereira Coelho.

A solenidade de lançamento aconteceu na Sala Calouste Gulbenkian, restrita para 40 convidados. Além do ministro e do presidente da Casa, integraram a mesa principal o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto, e o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, Mario Helio. Representando os estados, participaram também os secretários Frederico Amâncio (Educação/PE), Fábio Guedes (Educação/AL), Anderson Lindoso (Cultura/MA), Lúcio André Rodrigues (Fundo de Incentivo à Cultura/PB), Kennedy Vasconcelos (Trabalho e Empreendedorismo/CE) e o diretor da Empresa de Promoção Turística do Rio Grande do Norte, José Alves Pinto Júnior. Também estiveram na solenidade de lançamento do prêmio, os reitores José Carlos de Sá (IFPE), Alfredo Macedo Gomes (UFPE) e Marcelo Carneiro Leão (UFRPE).

Em sua fala, Ribeiro destacou a gestão de Antônio Campos à frente da Fundaj e destacou o empenho do Governo Federal em promover uma educação de valores e o suporte da pasta no combate à corrupção. “Percebo a seriedade, a probidade, o sonho e paixão que nosso presidente e sua equipe têm pela Educação. Confesso que saio daqui com o coração muito tranquilo e certamente os objetivos serão alcançados através de iniciativas como esta.”

Após saudar os servidores públicos, celebrados neste dia 28, o presidente da Fundaj deu por lançada o Prêmio Delmiro Gouveia. “Estamos, sob inspiração de Joaquim Nabuco, trabalhando em prol de uma abolição plena. Não apenas formal, mas efetiva. Isto começa pela educação e pelos meios de sobrevivência, pela livre iniciativa, sem nos esquecermos do desenvolvimento econômico, mesmo em meio às maiores crises. Este é o sentido de iniciativas como o nosso Prêmio”, celebrou Campos. “O Nordeste inventa e se reinventa a cada peça, a cada passo e a cada produção de uma indústria tão complexa quanto inesgotável. É com criatividade e inovação que iremos vencer essa crise”, concluiu.

Homenageado do certame, o industrial e comerciante aloagoano Delmiro Gouveia foi reverenciado na fala do diretor da Fundaj, Mario Helio. “Pernambucano do Ceará, cearense das Alagoas e de todos os nordestes que há nesta região tão plural. Delmiro é o símbolo do Nordeste que dá certo, do desenvolvimento em uma época mais difícil que a atual. Ele foi um empreendedor pioneiro e visionário”, apontou.
Gilberto Freyre Neto, por sua vez, apontou a tendência histórica do Estado no fomento da economia por meio de soluções criativas, como o plantio da cana-de-açúcar nas terras de massapê. “Foi a partir de experimentos científicos aplicados no território que a gente desenvolveu, durante 300 anos, uma matriz econômica que financiou o projeto de País.”

Finalizada a sessão, o ministro foi apresentado às instalações da Instituição. Na oficina do Educativo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) — onde são promovidas atividades de inserção da comunidade escolar e das crianças no universo museal —, o ministro e o presidente da Fundaj ressaltaram a importância dos ônibus do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do MEC, e a possibilidade do transporte de estudantes das zonas rurais aos museus. O ministro também conferiu de perto as obras de reforma do Muhne, que visam reduzir riscos de incêndio e modernizar o equipamento cultural para o pós-pandemia. Por último, a comitiva visitou a exposição Tempo de Nabuco, no Solar Francisco Ribeiro Guimarães.

Em seguida, o ministro e o presidente da Fundaj se dirigiram ao campus Ulysses Pernambucano, na sede da Fundaj no bairro do Derby, área central do Recife. Na Sala de Leitura Nilo Pereira, Milton Ribeiro visitou a exposição em homenagem aos 40 anos da editora Massangana, com obras raras à mostra. Durante a exibição, o ministro destacou a importância do livro. “O livro tem um impacto muito grande, sempre teve um impacto grande na minha vida. Sou leitor das obras de Monteiro Lobato e de Gilberto Freyre.”.

Ao ser apresentado a estrutura do campus do Derby, o ministro parabenizou o presidente Antônio Campos pela gestão, equipe e estrutura. Wagner Maciel diretor de Formação Profissional e Inovação (Difor), mostrou as salas da EIPP, que possuem tecnologia da Universidade de Harvard. No Cinema da Fundação, Milton Ribeiro assistiu a um curta sobre o Projeto Alumiar. “Estão de parabéns pelo projeto. Uma excelente iniciativa”, disse.

Com o Alumiar, o Cinema da Fundação é o primeiro do Brasil a ter quinzenalmente sessões periódicas marcadas na programação, para pessoas com deficiências visuais. Também foi citado o projeto Índigo, que tem como principal proposta ser voltado para crianças com necessidades especiais. “Temos uma programação especial para as crianças,com sessões gratuitas”, apresentou o presidente Antônio Campos.

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