Uma pesquisa da Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2018, divulgada pelo IBGE, aponta que, em Pernambuco, 82,5% das unidades locais (filiais) de empresas ativas em 2018 tinham ao menos um ano de funcionamento e pagaram R$ 25,7 bilhões em salários e outras retiradas. No entanto, 21,8% das unidades locais do estado fundadas em 2008 conseguiu completar dez anos de existência, percentual abaixo da média nordestina (22,9%) e da brasileira (25,3%). O levantamento considera somente as entidades empresariais, excluindo os microempreendedores individuais (MEIs), órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e as organizações internacionais que atuam no país.
Em entrevista concedida ao programa CBN Recife, o economista, especialista em Estudos Prospectivos e Desenvolvimento Econômico da América Latina e Caribe, Edgard Leonardo, apontou alguns aspectos do cenário brasileiro que dificultam a permanência das empresas: a burocracia para abrir, a dificuldade de acesso à crédito para as pequenas empresas, além de outras questões. Ele aponta que, devido à crise sanitária mundial, a expectativa para o próximo levantamento continue sendo de queda.
“Certamente, em 2022, quando a gente tiver a pandemia, a gente vai ter ainda um número ainda muito mais sério, porque durante esse ano muitas empresas fecharam”, ressalta o especialista.