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Projeto de Irrigação da Codevasf em Alagoas entra em fase de colheita do arroz

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Foto: reprodução

Os agricultores do Projeto Público de Irrigação do Itiúba da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), localizado no município de Porto Real do Colégio (AL), iniciaram a colheita da safra de inverno de arroz e estão otimistas quanto ao bom desempenho do produto. Devido à grande demanda no mercado interno brasileiro, o preço para venda do alqueire de arroz atingiu a marca de cerca de R$ 400,00 na região do Baixo São Francisco alagoano. Com isso, já tem comprador buscando garantir o produto para abastecer diversos estados brasileiros.

Segundo o gerente do Distrito de Irrigação do Perímetro do Itiúba (Dipi), Amílton Rodrigues, os agricultores estão iniciando a colheita da safra que foi plantada no inverno com uma boa perspectiva devido ao aumento do preço do arroz no mercado interno. “A perspectiva para a colheita da safra de inverno do Itiúba é muito boa por conta do preço do produto. Houve um aumento de 80% no preço do arroz na comparação com a safra passada. Hoje o preço do alqueire nessa região, com 240 kg, está em torno de R$ 400,00. Com isso, o quilo do arroz em casca está sendo vendido a R$ 1,66”, revelou.

Ele ainda destacou que devido ao aumento na demanda por arroz no mercado interno brasileiro, já há uma grande procura de compradores de outros estados pelo produto com o objetivo de atender esses locais. “A procura pelo nosso produto está muito grande, porque no mercado brasileira quase não tem arroz disponível. Somente nós temos o produto por aqui. Temos sido procurados por compradores não somente das fábricas dessa região como também por interessados de estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará. Aqui o agricultor já colher sabendo para quem vai vender”, afirmou o gerente.

Em relação aos dados de produção e ao índice de produtividade, que na última safra alcançaram, respectivamente, cerca de 4 mil toneladas de grãos e 6,42 toneladas de arroz produzidas por hectare, o gerente prevê que o desempenho na safra de inverno se mantenha. “A safra de inverno costuma ter um desempenho abaixo da safra de verão. Assim esperamos um bom desempenho, mas não acima da safra passada”, explicou Rodrigues.

O gerente do Dipi ainda relatou que, no mesmo período, também houve um aumento nos insumos para a atividade de rizicultura em torno de 30%, o que tem deixado os agricultores preocupados. “Junto ao aumento do preço do arroz, sempre há também um aumento no preço dos insumos. Nossa preocupação é que, se o preço do arroz voltar aos valores anteriores a essa safra, o preço dos insumos não volta. Isso é o que nos preocupa para a safra seguinte”, disse.

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