Revista CrusoÉ
A manutenção do Judiciário brasileiro custou, em média, 479 reais a cada cidadão brasileiro no ano passado . O funcionamento de todos os tribunais do país gerou despesas que ultrapassaram 100,1 bilhões de reais em 2019. Boa parte dessa bolada foi destinada ao pagamento de pessoal, principalmente a salários escandalosamente altos de juízes e desembargadores.
Cada magistrado recebeu, no ano passado, uma média de 50,9 mil por mês, muito acima do limite constitucional, o que comprova a farsa do teto salarial do funcionalismo do Brasil — em tese, nenhum servidor deveria receber mais do que os ministros do Supremo Tribunal Federal, que têm subsídios de 39,3 mil reais.
Os números fazem parte de um relatório divulgado esta semana pelo Conselho Nacional de Justiça. Segundo o documento, os gastos com recursos humanos são responsáveis por 90,6% da despesa total e incluem, além da remuneração de magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, um extenso rol de penduricalhos, como auxílio-alimentação, diárias e passagens. Só os benefícios dos magistrados e servidores da Justiça custaram 6,2 bilhões em 2019.