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Gonzaga Patriota poderá não seguir executiva nacional do PSB em relação a impeachment de Dilma

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 O deputado sertanejo afirmou que “qualquer ato ilícito” deve ser investigado e, se no caso de Dilma, houver a comprovação disso, terá de ser afastada, a exemplo do que ocorreu com Fernando Collor de Melo em 1992.

(foto: Assessoria/divulgação)

O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) participou, nesta segunda-feira (7), de uma reunião da bancada do PSB que analisa a situação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A decisão dos parlamentares socialistas será anunciada após a reunião da executiva da legenda, que acontecerá nesta quarta (9).

A decisão tomada na última quinta-feira (3) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no sentido de aceitar o processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, já produz efeitos no posicionamento das lideranças políticas do país.

“Eduardo Cunha arquivou 19 processos idênticos, dizendo que não caberia impeachment, e agora, por causa das desavenças particulares, aceitou abrir o processo? O fato de usar sua posição de presidente da Câmara para tomar essa decisão, no momento em que membros do PT se manifestaram contra ele na Comissão de Ética da Câmara é usar um cargo público para benefício próprio, e isso é lamentável“, afirmou.

Em relação ao processo de impeachment de Dilma, Gonzaga informou que estudará a situação com cautela e escutará a posição da bancada, do partido e, em particular, das ruas, para declarar seu voto. O deputado sertanejo afirmou que “qualquer ato ilícito” deve ser investigado e, se no caso de Dilma, houver a comprovação disso, terá de ser afastada, a exemplo do que ocorreu com Fernando Collor de Melo em 1992. Ainda ontem o PSB confirmou o deputado Bebeto (BA) como o quarto nome a integrar a comissão que analisará o pedido de impeachment de Dilma.

Críticas a Cunha

Quanto ao afastamento de Eduardo Cunha, Gonzaga foi incisivo: “os parlamentares devem dar exemplo de decoro e de ética. Eduardo Cunha não tem feito isso. A posição atual de Cunha é ‘indefensável’. São sérias as acusações contra ele e acredito que nós, deputados, vamos conseguir tirá-lo da presidência da Casa, face à gravidade dessas acusações”, avaliou.

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