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Petrolina: Família de adolescente que morreu com suspeita de Covid-19 contesta atestado de óbito

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Foto: reprodução

G1 Petrolina

Uma adolescente de 12 anos morreu em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a família, na noite de quinta-feira (16), Dafine Karoline Pereira Rodrigues, passou mal e foi levada às pressas para o Hospital Dom Malan, mas já chegou na unidade sem vida. A família contesta o atestado de óbito, eles afirmam que ela não apresentava sintomas do novo coronavírus, e reivindica o direito de velar o corpo com caixão aberto.

Segundo o tio de Dafine, Eduardo Pereira, antes da quinta-feira (16), dia da morte, a menina teria passado mal na quarta-feira (15), após comer um sanduíche e fazer uma caminhada com a mãe. Ela apresentou cansaço, enjoos e vômitos e chegou a dar entrada na emergência do Hospital Dom Malan. “Ela chegou com sintomas de vômitos, aí deram um soro pra ela, medicaram e deram alta. Mandaram para casa, mas não comentaram que ela tinha sintomas de nenhum outro problema de saúde”, disse.

Hospital Dom Malan — Foto: Taisa Alencar/G1

Hospital Dom Malan — Foto: Taisa Alencar/G1

A família não concorda com a causa da morte descrita no atestado de óbito da adolescente. “ Veio escrito Covid-19, Síndrome Respiratória Aguda, ou seja, ela não estava com nenhum sintoma . E , no dia anterior que ela veio, porque não fizeram o exame? Se ela estava com alguma suspeita.Esse é o questionamento da família, porque não fizeram o teste da Covid-19? Simplesmente, botaram Covid-19, sem nenhum questionamento, nada. É isso que a família quer saber, e, quer ter o direito de velar a criança. A gente não quer caixão fechado, a família não aceita caixão fechado”, ressaltou a tia de Dafine, Vânia Sisnando.

De acordo com o Hospital Dom Malan, o resultado do exame para o novo coronavírus da adolescente deve sair em até três dias utéis.

Em nota, o Hospital Dom Malan informou que crianças com histórico de sintomas gripais associados a desconforto respiratório precisam ser testadas para Covid-19, mesmo que já tenham morrido. E que este é um procedimento orientado pelo sistema de vigilância de Sindrome Respiratórias Agudas. A nota diz ainda que o HDM é sensível a dor da família e que entende a angustia daqueles que não podem se despedir adequadamente de entes queridos, mas reforça que segue protocolos rígidos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Saúde de Pernambuco para este período de pandemia.

De acordo com o Ministério da Saúde, os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da doença, não são recomendados por causa do risco de transmissão para amigos e familiares. O caixão deve permanecer fechado para evitar qualquer contato com o corpo. E que durante o enterro deve ser evitada a presença de pessoas que pertençam ao grupo de risco. Esse protocolo está disponível no site do Ministério da Saúde.

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