O presidente Jair Bolsonaro deu posse ao novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, na tarde desta quinta-feira (16). Com Covid-19, Bolsonaro esteve presente na cerimônia por meio de videoconferência. Ribeiro foi nomeado para a pasta na última sexta. Ele é graduado em Direito e Teologia, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Direito pelo Mackenzie e pastor.
“Abriremos um grande diálogo para ouvir acadêmicos e educadores, que assim como eu estão entristecidos com que vem acontecendo com a Educação em nosso país, haja visto os nossos referenciais no Pisa. Quando recebi o convite do presidente Jair Bolsonaro, ele me pediu para ‘olhar com carinho’ para o ensino das crianças e o ensino profissionalizante e hoje assumo o compromisso de seguirmos a orientação do presidente”, disse durante a posse.
Ele relembrou ainda sua formação acadêmica, pela Universidade Mackenzie, e afirmou tratar-se de sua “herança pedagógica”, mas disse que respeitará a “laicidade” do Estado. “É de conhecimento público que tenho minha formação junto ao Mackenzie. E o compromisso que assumo hoje está bem firmado e localizado em valores constitucionais como a laicidade do Estado e do ensino público”. Ribeiro assume o MEC após a gestão de Abraham Weintraub, que deixou a pasta em meio a polêmicas, para assumir um cargo no Banco Mundial, com sede em Washington, nos Estados Unidos
Ribeiro assume o Ministério da Educação em meio à suspensão das aulas em todo o Brasil, provocada pela pandemia do novo coronavírus e com o adiamento da principal prova de ingresso ao ensino superior – o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano acontecerá em janeiro e fevereiro de 2021. Em seu discurso de posse, o novo ministro defendeu o ensino público e criticou o que chamou de “políticas e filosofias educacionais equivocadas”. “Devido a implementação de políticas e filosofias educacionais equivocadas, no meu entendimento, destruíram a autoridade do professor em sala de aula e já aconteceram episódios de violência física contra os professores. As mesmas vozes críticas devem se posicionar contra tais episódios com a mesma intensidade”, disse.
O ministro ainda destacou “grandes educadores” brasileiros que contribuiriam para a Educação, mas não citou nomes. “Ao olhar o passado da Educação no país, não se pode desmerecer que grandes educadores deram legitimas e valiosas contribuições ao país. Não estava tudo errado, mas levaram ao que vemos nos dias de hoje nas nossas escolas”, afirmou