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Rachadinha de R$ 600 mihões nas eleições municipais

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Por Renato Riella

Jornalistas decentes devem existir. Não precisam ser procurados com a lanterna dos gregos.

Estes jornalistas, limpos e conscientes, precisam denunciar a monstruosa rachadinha que ocorrerá nas eleições municipais.

Trinta por cento do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões representam R$ 600 milhões.

Esta fortuna, na maioria, vai para candidatas mulheres fantasmas. É obrigação legal, criada para “incentivar a participação feminina na política”.

No meio da campanha, as pobres coitadas sem votos devolverão o dinheiro, em espécie, para os caciques partidários de todas as tendências.

Para isso, usarão notas fiscais frias de serviços e depois responderão a processos cabeludos na Justiça Eleitoral. Coitadas!

Mas não temos jornalista para mostrar isso.
Os principais jornalistas do Brasil estão mancomunados com Rodrigo Maia, o pai do Fundo Eleitoral, um assalto ao Orçamento que foi mantido, apesar da pandemia.

A rachadinha é uma epidemia nacional mais espalhada do que a covid – e sem perspectiva de vacina.

A prisão do Queiroz é o chamado corte vertical no escândalo das rachadinhas, de uso político momentâneo – uso bandido da lei.

*Jornalista. Artigo publicado originalmente no site SOS Brasília.

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