O presidente da Associação Brasileira de Academias (Acad), Gustavo Borges, enviou, na semana passada, protocolo à Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) solicitando a antecipação da reabertura dos estabelecimentos para esta segunda-feira (15). Após duas reuniões por videoconferência com os representantes das academias, dos profissionais de educação física e do governo do Estado, o setor aguarda, para hoje, a publicação dos protocolos e a data da reabertura.
De acordo com Leonardo Pereira, diretor da Acad e CEO da rede de academias Selfit, um protocolo extremamente rígido foi elaborado para a retomada das academias. Ele ainda argumenta que a prática de atividade física promove saúde e não pode ser associada aos serviços de estética e beleza.
“A questão é entender que a prática atividade física não pode ser relacionada nem à estética e beleza. É um erro recorrente vincular (os setores). A prática de atividades física aumenta e reforçar imunidade e combate doenças mentais. Boa parte das pessoas são suscetíveis à depressão, estresse, sedentarismo e obesidade, que são perfis bastante comuns de pessoas que perderam a vida. É importante destacar que atividade física promove saúde“, observou.
Na condição de diretor da Acad, Pereira ainda falou que a entidade – em conjunto com outros órgãos – já elaborou um protocolo que foi enviado à SES-PE e ao Comitê de Combate ao Novo Coronavírus. “É um protocolo extremamente rígido e foi elaborado seguindo as regras de segurança sanitária. Coletou as melhores práticas dos países que já passaram pelo pico (da pandemia). Poderá ser aplicado por todas as academias“, concluiu.
Serviço essencial
Para o Professor Lúcio Beltrão, presidente do Conselho Regional de Educação Física de Pernambuco (CREF-PE) o governo precisa reajustar, com urgência, o Plano de Convivência com a Covid-19. Ele informa que é preciso priorizar locais e espaços que, com protocolos rígidos de biossegurança, promovam saúde, como praias, parques, praças, estúdios, box, academias e similares. Na condição de representante das pessoas físicas e jurídicas da área, Lúcio esclarece: “o exercício físico, infelizmente, ainda não é reconhecido como serviço essencial. Na prática, nossa profissão ainda não é vista como saúde, talvez por isso sejamos a única profissão de saúde que ainda está em casa. É preciso deixar claro que o profissional de Educação Física é um profissional de saúde, reconhecido pela resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 287/98 e Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) 2241-40“.