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Dois secretários do prefeito do Recife são presos em Operação da Polícia Federal

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Foto: reprodução

Por Blog da Noelia Brito / Foto: divulgação

O Secretário Executivo do Trabalho, Schebna Machado e o Secretário Executivo de Empreendedorismo da Secretária do Trabalho da gestão Geraldo Julio, frente à Prefeitura do Recife, Silvano Queiroga, foram presos na segunda fase da Operação Outline da Polícia Federal que aconteceu na última sexta-feira (08), suspeitos de fazerem parte de uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 4 milhões de uma obra orçada em R$ 191 milhões, para recuperação da BR 101, em Pernambuco.

Tanto Shebna, quanto Silvano, compõem o grupo político do deputado federal Sebastião Oliveira, do Centrão, que além da indicação dos dois secretários executivos, indicou o titular da Pasta, Antônio Neto. O  deputado foi alvo de mandados de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal.

Chama atenção que os dois secretários já haviam sido alvos de buscas e apreensões na primeira fase da Operação Outline e mesmo assim foram mantidos nos cargos pelo prefeito Geraldo Julio e pelo Secretário titular, Antônio Neto. Com a prisão de dois de seus secretários era de se esperar que a Prefeitura do Recife emitisse pelo menos uma nota sobre como ficará a situação dos secretários que estão presos, temporariamente, no COTEL, por cinco dias, podendo esse prazo ser prorrogado por mais cinco dias, ou mesmo convertida a prisão em preventiva. O Blog desde ontem enviou e-mail à assessoria da Prefeitura do Recife, dando a oportunidade para os esclarecimentos que entender pertinentes, mas pelo visto, a PCR entende que não deve qualquer satisfação à sociedade e segue, em silêncio sepulcral, talvez na tentativa de abafar a repercussão do caso.

Quanto as acusações que recaem sobre Shebna Machado, o Blog já mostrou que, segundo a Polícia Federal, este seria o operador financeiro do esquema ilícito (Confira em Com salário líquido de R$ 7,9 mil, Secretário de Geraldo Júlio, preso pela PF por desvios no DER, confessa prática de agiotagem e posse de R$ 1,4 milhão em dinheiro. Prefeitura silencia  e Outline: PF mirou em propinas em obras e acertou em “rachadinha” de “autoridades com foro privilegiado”. Esquema apareceu nas conversas interceptadas pela Operação ).

Sobre o Secretário Executivo de Empreendedorismo da Secretaria do Trabalho da PCR, ainda na primeira fase da Operação, deflagrada no ano passado, buscas e apreensões realizadas na residência de Silvano Queiroga levaram à constatação de que “SILVANO JOSÉ QUEIROGA DE CARVALHO FILHO, ostenta padrão de vida incompatível com os ganhos formalmente auferidos por ele e sua esposa PRISCILLA MAGALHÃES QUEIROGA DE CARVALHO”. De acordo com o juiz da 13ª Vara Federal, em Pernambuco, Cesar Arthur, que autorizou a segunda fase da Operação, “SILVANO e PRISCILA são servidores públicos ocupantes de cargos comissionados junto à Prefeitura do Recife/PE e Casa Civil do Estado de Pernambuco e percebem, conjuntamente, rendimentos mensais líquidos totais de R$ 12.224,18.” Apenas a título ilustrativo, diz o Juiz, “destaca-se que a fatura de um cartão de crédito em nome de SILVANO QUEIROGA, com vencimento em abril de 2018, somou despesas no valor de R$ 12.449,12”.

Apesar de não indicar bens em sua Declaração de Imposto de Renda, Silvano Queiroga e a esposa “tem ou teve, sob sua posse e propriedade, imóveis, veículos e embarcações de elevado padrão. Contudo, apenas PRISCILLA registrou em seu nome parte do patrimônio.

O veículo utilizado por Silvano, um VW Virtus, está registrado em nome de uma locadora cujo proprietário é um primo de Priscila: a Concórdia Locadora, que recebeu um depósito de R$ 65 mil de Silvano. Um apartamento, em Casa Forte, avaliado em R$ 987 mil, onde mora Silvano e a esposa, está, segundo a PF, em nome de um cunhado da esposa de Silvano. Um outro apartamento, também em Casa Forte, avaliado em R$ 615 mil, teria sido vendido por Silvano para aquisição do outro apartamento no mesmo bairro nobre do Recife. Silvano ainda seria proprietário de um jet sky e de uma lancha, além de um flat, em Gravatá, que estaria em nome do outro preso pela Operação, Schebna Machado, avaliado em R$ 300 mil.

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