Uma das netas do Sr. Bartolomeu Dias de Castro, conhecido como “Seu Berto”, fez uma linda homenagem ao avô que faleceu nesta quinta-feira (30). Confira na íntegra:
Meu amado vovô Berto, como é doído saber que não vou te ter mais ao meu lado, como dói não ver mais seu sorriso escancarado, nem sua benção a cada encontro, nem poder jogar aquela última partida de dominó ou compartilhar um pedacinho de bolo de tia Graça! Como sou grata a Deus por sua vida, por esses 89 anos de um homem íntegro, de muita fé e com os mais belos valores que um ser humano pode carregar. O seu corpo estava cansado, 13 anos de Parkinson, um guerreiro! Nos últimos 45 dias ficamos juntos entre idas e vindas ao hospital, o senhor lutando bravamente, sempre que eu perguntava o que o senhor queria prontamente respondia: viver!!! A doença avançou, já não era mais seguro comer via oral, precisou voltar ao hospital pra tratar mais uma pneumonia e colocar uma sonda que lhe daria mais segurança, entramos de mãos dadas por aquelas portas, lutou bravamente e mais uma vez venceu uma batalha, só precisava terminar os 3 dias restantes de antibiótico e iríamos pra casa, ele em breve iria pra Araripina, sua terra amada, pela qual tanto se empenhou… mas, em tempos de pandemia, um hospital é um campo de guerra e o senhor foi atacado duramente, lutou bravamente por 2 semanas…mas era o tempo de Deus, o tempo de ir pra casa do Pai, reencontrar os filhos que já partiram e compartilhar da vida eterna!! Eu sei que a dor vai abrandando aos pouquinhos, a ficha ainda está caindo, mas também sei que a saudade sempre vai nos acompanhar e todos nós vamos carregar o exemplo desse homem sábio, humilde e amoroso! Eu sei que o senhor sonhava em dançar comigo a valsa da minha formatura iminente, mas Deus nos presenteou com aquele momento no hospital, ao som de Nelson Gonçalves bailamos com os braços e com os nossos corações!! Vai com Deus vovô, te amarei eternamente e vou sempre carregar o seu legado, tenho certeza que aí do céu o senhor tá vendo como é amado e como tanta “gente boa” tinha tanto carinho pelo senhor e pela sua família! Pode deixar que eu nunca vou esquecer do meu amigo, afinal tratando-se do senhor eu sou teimosinha, não é?!
Marianilza Amorim Castro