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Prefeitos pernambucanos aguardam posicionamento para saber se adiam ou cancelam São João

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Foto: reprodução

Uma das épocas mais expressivas da cultura popular nordestina, as festas juninas cederam espaço às recomendações de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus. Enquanto há uma mobilização para o cancelamento das festividades nos estados vizinhos, gestores dos principais municípios juninos de Pernambuco aguardam um posicionamento da gestão estadual para tomar decisões quanto ao cancelamento ou adiamento do São João. Uma das exceções é Petrolina (PE), que já havia suspendido as festividades logo no início da pandemia no Estado.

No último dia 6 de abril, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, afirmou que os recursos que seriam destinados ao São João da cidade foram realocados ao combate do novo coronavírus da região. Ao todo, o município encaminhou mais de R$ 14 milhões para a prevenção e combate da pandemia. “Os recursos para o São João também foram realocados e, se for necessário, mais cortes podem acontecer. A saúde de todos os petrolinenses é a nossa prioridade número um, e não vamos medir esforços para que essa proteção esteja garantida”, explicou o prefeito em comunicado.

A decisão não foi tão fácil para outros municípios pernambucanos. Caruaru, que compete com Campina Grande, na Paraíba, como a maior festa da região, ainda não sabe o destino das festas juninas. Procurada pela reportagem, a prefeitura informou que, em breve, deve ter um pronunciamento sobre as festividades. Enquanto isso, Carpina, na Zona do Mata, aguarda um parecer do Governo do Estado para tomar uma decisão. Já na Capital pernambucana, a Prefeitura do Recife (PCR) segue as recomendações estaduais e proíbe eventos que tenham aglomeração de mais de 10 pessoas. Quanto ao São João, a PCR espera os novos desdobramentos da pandemia na Cidade.

O caminho para Arcoverde segue indefinido, também, mas a prefeitura estuda qual a melhor forma de suspender o evento, que homenagearia as tradições culturais da cidade sertaneja do Pajeú. “A prefeita ainda está aguardando sobre o futuro em relação às finanças, porque têm duas situações para ela agir: o adiamento ou cancelamento. Aqui em Arcoverde, ainda está estudando a situação, porque é relativamente difícil por causa da Covid-19, já que a cidade é um polo regional. Acredito que, na primeira quinzena, já tenha um parecer em relação às festas juninas”, explica o secretário de Turismo e Eventos de Arcoverde, Albérico Pacheco.

De acordo com ele, como ainda não se sabe quando a pandemia vai cessar, fica difícil tomar decisão em relação ao adiamento no momento. A secretaria já havia decidido o tema e estava em processo de escolha dos locais. “Decidimos homenagear o tradição do Teatro Popular da capital do São João. Já tínhamos feito o lançamento, já tínhamos feito uma licitação para cessão dos espaços públicos. Uma empresa já tinha ganhado essa licitação. Fizeram a licitação dos camarotes, das barracas de venda de comidas e bebidas. Os acessos ao público aqui em Arcoverde sempre serão livres, mas tínhamos já definido isso e essa empresa também já havia sido escolhida”, afirma o secretário.

O prefeito de Campina Grande (PB), Romero Rodrigues, explicou que uma das suas festas mais tradicionais e uma das maiores do País, só vai acontecer entre os dias 9 de outubro e 8 de novembro. A programação do evento, que inicialmente seria de 5 de junho a 5 de julho, havia sido anunciada no início de março. A homenagem será para o cantor paraibano Gabriel Diniz, morto em um acidente aéreo em 2019. Elba Ramalho, Flávio José, Simone e Simaria, Zé Neto & Cristiano, Naiara Azevedo e Gustavo Mioto, Henrique e Julliano e Matheus e Kauan estão entre as atrações que foram anunciadas.

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