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Presidente do TSE: “Adiamento das eleições municipais de outubro é uma possibilidade real”

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Foto: reprodução

O presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, admitiu que há uma possibilidade de adiamento das eleições 2020 por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

“As convenções partidárias são no final de julho até o começo de agosto, e a campanha eleitoral começa em 15 de agosto. Se não puder ter alguma aglomeração em agosto, temos uma dificuldade. Porém, é mais grave um pouco ainda. A Justiça Eleitoral tem que fazer teste das urnas e treinos de mesários e isso teria junho como limite”, disse Barroso, em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (27).

Luís Roberto Barroso foi eleito, em abril, o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No final de maio, ele substitui a atual presidente, ministra Rosa Weber, e terá como uma das missões comandar a Corte durante a realização das eleições municipais, com data sob incógnita por causa da pandemia da covid-19.

“Até o momento, ninguém fala com precisão quando a curva vai evoluir e quando vai começar a ser descendente. Desejaria não adiar as eleições, mas, se for necessário adiar, é de competência do Congresso porque depende de uma emenda à Constituição. Se for necessário adiar, que ele seja pelo prazo mais breve possível. Desejaria adiar por algumas semanas, ainda este ano, para que não haja adiamento de mandato”, acrescentou Barroso, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Há uma possibilidade real de que elas precisam ser adiadas e nesse caso gostaria de que se adiasse o prazo minimo possível para se evitar a prorrogação de mandatos”, frisou o magistrado.

Barroso também disse que tem conversado com profissionais de saúde para ter uma melhor percepção a respeito do quadro do coronavírus no Brasil.

“Infelizmente, a curva no Brasil neste momento ainda é ascendente. Tem havido mais casos e óbitos a cada dia. Tenho conversado com alguns epidemiologistas e eles dizem que o ciclo é de cerca de 3 meses e meio, mas tudo é um pouco imprevisível”, afirmou Barroso.

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