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Os ratos desesperados no navio

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Foto: divulgação

Por Cássio Rizzonuto

Boa parte das pessoas de classe média, no Brasil, gente que aqui tem residência fixa e o país como referência, não possui ideia de pertencimento. É apátrida! No íntimo, esses descendentes dos colonizadores abrigam a fantasia de ganhar “um bom dinheiro” (na loteria ou na administração pública), caindo fora do país para “lugar melhor”.

O Brasil nunca se formou como nação, sendo apenas aglomerado de pessoas com graves falhas na educação formal. O nível de seu corpo docente, em qualquer estágio, é na maioria incapaz de concatenar raciocínios. Com uma imprensa viciada, à sombra dos recursos financeiros públicos, o país transforma palpites em verdades.

Os livros de História registram que D. João VI partiu do Brasil “raspando o tacho”: assaltando os cofres públicos e dispondo de todo o tesouro nacional como se lhe pertencesse. E de fato pertencia. O modelo vige até hoje, alcançando grau de quase sufocamento. Basta ver os bilhões de reais desviados na gestão petista.

Essa falha moral inominável, levando quem paga imposto à condição de mero escravo, foi sempre sustentada por legislação de conveniência. Os donos do estado gozam de foro especial e são julgados por togados, organizados em quadrilhas, dilapidadores dos cofres públicos sem a mínima sensibilidade.

Claro que toda regra tem exceção, mas a toada geral é bem ruim. Basta ver o que acontece nos diversos Tribunais estaduais em denúncias inacreditáveis de vendas de sentença e organizações quadrilheiras. Os três Poderes da República se encontram entrelaçados e envolvidos em alarmantes práticas delituosas.

Nas eleições presidenciais de 2018, a ascensão de Bolsonaro representou desejo radical de mudança, por parte da maioria, em cenário desmoralizante onde as instituições aparecem fragmentadas e inúteis. Pode-se gostar do presidente ou não, mas o que ele representa, em especial o suporte militar, projetou fiapo de luz e esperança.

O presidente levou uma facada que quase o matou, quando candidato, foi responsabilizado pelo fogo na Amazônia, pelo óleo derramado nas praias do Nordeste, tem as suas propostas deformadas no Congresso Nacional e sofre todo tipo de pressão que se imagine. A chamada imprensa extrema não lhe dá trégua.

No jornal Valor Econômico (26/03/20), Maria Cristina Fernandes assinou artigo em que jurou estar Bolsonaro com carta de renúncia assinada, numa negociação que passaria “pela anistia aos filhos”, sem especificar quais os graves crimes cometidos por cada qual. Como se o país cumprisse todas as regras sem o menor deslize.

Um país onde o presidente do STF (Dias Toffoli) é acusado de receber propina de R$ 100 mil mensais, tudo registrado, documentado, fotografado e detalhado, mas nada, absolutamente nada, acontece.

O que os novos donos do poder não entenderam, ainda, é que a situação está correndo literalmente por um fio. É possível que esteja chegando a hora de cada um pagar pelos seus crimes. O arrebatamento demonstrado nas medidas desesperadas que tomam só pode ser traduzido em uma palavra: medo.

O ministro Sérgio Moro (Justiça), é alvo permanente de ofensas do ministro Gilmar Mendes (STF). Este último, que fez parte do governo FHC, esqueceu quem ocupava a pasta da Justiça na gestão tucana: o notório Renan Calheiros. Contra quem jamais se ouviu qualquer reprimenda de sua excelência.

Há mais de ano não se lê notícia de roubos costumeiros na gestão federal. Bolsonaro tem se mostrado bom estrategista e até a sua receita, hidroxicloroquina, vai emplacando no combate ao coronavírus. Se a população permanecer firme em seu apoio, os maus elementos homiziados nos Três Poderes terminarão por ser removidos.

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