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O desafio do Brasil de salvar vidas e empregos na crise do coronavírus

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Foto: divulgação

Mesmo diante de um impacto sobre a economia que alguns começam a comparar à grande depressão de 1929, que trará falências, desemprego e crise de crédito, a visão majoritária entre os economistas é que, no caso das medidas de distanciamento social, os médicos e infectologistas têm que ser ouvidos. O fechamento do comércio, adotado pelos governos estaduais, são ainda a melhor forma de combater os efeitos nocivos do novo coronavírus sobre a sociedade. O impacto pode ser mitigado pelo governo federal, com liberação de recursos, como começou a fazer, apesar de ainda ser considerado tímido.

O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) percebe a hesitação do governo e tenta ganhar capital político. Nesta tarde, ele usou o Twitter para dizer que “é hora do Congresso Nacional tomar as rédeas do Brasil”. O deputado usou a plataforma para divulgar que vai propor ao governo “uma emenda que vai segregar o orçamento, criar um regime extraordinário fiscal de contratações exclusivo”.

Segundo Maia, a ideia vai garantir mais tranquilidade para a área técnica discutir o gasto público. “O governo deve usar todo o caixa existente para o enfrentamento da crise do coronavírus. Vamos garantir que todo investimento seja vinculado diretamente à manutenção do emprego, ao cuidado dos mais vulneráveis e, principalmente, ao fortalecimento da área da saúde”, disse. “Estamos sob o risco de ter milhões de desempregados por conta da crise do coronavírus, e precisamos criar soluções para o enfrentamento do problema.”

No Congresso, essa discussão ganhou o apelido de “orçamento de guerra”, um orçamento paralelo. Lideranças articulam a apresentação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para agilizar a implementação das ações de enfrentamento da crise provocada pela pandemia da covid-19. O pacote anticoronavírus envolve, até o momento, R$ 185 bilhões, mas segundo a Agência Estado, já se fala no Congresso na necessidade de destinar R$ 500 bilhões, com aumento de aporte para o Bolsa Família e os trabalhadores informais, além de suspensão de tributos para empresas.

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