Entregar a ‘cumpanherada’ ou apodrecer na cadeia, eis a questão.
Por Claudio Humberto/Diário do Poder
A cúpula do PT continua atônita com relatos de Curitiba sobre supostas pressões psicológicas, de investigadores da Lava Jato, para levar José Dirceu a negociar redução de pena por meio de delação. Até familiares que o visitam estariam sendo usados na pressão. O PT discute como abordá-lo na prisão. Caso isso seja inútil, pretende expulsar o ex-ministro, como forma de desqualificá-lo como testemunha-bomba.
Após Lula, Zé Dirceu é o político mais influente no PT e no governo Dilma. Mesmo preso, recebeu mais de R$ 34 milhões em propinas.
O medo do PT é o mesmo de Lula: para a cúpula petista, Dirceu seria um dos poucos cuja delação pode “meter o ex-presidente na cadeia”.
Aos 69 anos, Dirceu anda deprimido. Ele diz que estar junto da filha de 6 anos, seu xodó, é seu derradeiro projeto de vida.
Um mês apos sua prisão, José Dirceu e outras 16 pessoas foram denunciadas por corrupção, lavagem e organização criminosa.